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quarta-feira, 15 de junho de 2016

"EU NÃO VEJO NOVELA" OU ENTÃO: "DURMA-SE COM UM BARULHO DESSE!"

    O título dessa assertiva é de uma frase que é muito comum se ouvir em nosso cotidiano. Só que, provavelmente, a metade das pessoas que a citam não o fazem com sinceridade. E vá lá se tentar entender o porquê disso. Se Freud fosse vivo, talvez trabalhasse sobre tal ato e nós teríamos as devidas explicações. Mas deixemos isso de lado e vamos ao que interessa.
   Uma novela ou até mesmo um livro de história/aventura, é muito citado como sendo uma obra de ficção de seu autor. E isso só representa, também, a metade da verdade. Porque, como dizem, "a arte imita a vida". Mas o inverso também é verdadeiro: a vida imita a arte. E só não vê quem não quer ou quiser. E explica-se: 
   Todo autor baseia-se em algo ou alguém para criar sua obra. Óbvio que ele pode retratar a situação de uma forma simples e direta, ou aumentá-la, criando outras nuances com o fim de prender o leitor/assistente, àquilo que desenvolveu. E nisso usa de todos os modos e maneiras possíveis. Talvez seja por isso que o estrago no mundo seja maior do que deveria ser. Porque há muitas pessoas que acabam por acreditar em quase tudo o que foi desenvolvido numa dessas obras.
   Mas de outro modo, também é possível que um autor pode revelar-se um discriminador de um acontecimento qualquer, colocando em sua obra a total veracidade daquilo que relata e criou. E é assim que muita gente poderia ver-se em uma determinada situação ali colocada. Porque uma determinada história é baseada na vida ou em algum acontecimento real de alguém ou alguns.
   E como seria bom que qualquer um de nós (ou todos) conseguisse se ver no lugar do personagem. Porque os desfechos dessas ações também poderiam servir de base para que pudéssemos ou soubéssemos resolver aquele mesmo imbróglio em nossa vida. Simples assim.
   Ora, é óbvio que não é tão simples assim. Porque o ser humano possui cegueira, surdez e mudez convenientes. Usa-as quando necessário se faz na vida dele. E daí que acaba correndo daquela solução mais prática e objetiva para a sua situação.
   Um exemplo disso pode-se ver através das práticas religiosas, onde a maioria deixa de encarar seus problemas de frente e vai buscar recurso e/ou socorro no que podemos classificar de misterioso. Aí irão em busca de simpatias, rezas/orações,
horóscopos e que tais, embrulhando muito mais suas situações, quando seria muito mais fácil usar a maior ferramenta que ele possui: o cérebro/mente.

   E por diversas vezes em meus assuntos citei um personagem: Shakespeare. Onde ele, através de um personagem, Otelo, surpreendeu o mundo com uma frase muito conhecida: "Existe muito mais mistério entre o Céu e a Terra, do que imagina a nossa vã filosofia".
   E eu, com a minha simplicidade e limitação, diria: "Durma-se com um barulho desse!"

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