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sexta-feira, 17 de junho de 2016

UMA IRRELEVÂNCIA RELEVANTE (SERIA UMA ANTÍTESE, POR ACASO?)

    Em 1985, já com idade além dos trinta anos, decidi voltar a estudar, no que na época chamavam de Técnico de Processamento de Dados. Um nome até pomposo, diga-se, para uma atividade profissional. Apesar de que em 1978 eu já tinha conseguido um outro "canudo", de Técnico de Contabilidade. Mas ambos os "canudos" pouco me serviram porque enveredei por outra área totalmente diferente algum tempo depois.
   Então, de lá para cá, praticamente esqueci tais propriedades, voltando-me para coisas diferentes. E no caso do Técnico de Processamento, só o fiz porque naquela época atuava no que chamavam de Departamento Pessoal, DP, hoje denominado Recursos Humanos, RH, e a partir do ano de 1983 atuei numa empresa que já possuía sistema de informática em suas instalações administrativas. Daí, agir por coerência profissional, se cabe tal ideia.
   Mas só em 2007, muitos anos depois, propus-me a adquirir um computador pessoal, PC, com um único intuito, o de transformar meu acervo de discos de vinis em arquivos digitais. E para isso montei o processo para este fim, adquirindo todas as ferramentas para tal. E assim dei início a tal processo. E cabe uma informação: possuo milhares desses discos até hoje.
   Só que ultimamente tenho agido de uma forma diferente para compor meu arquivo digital de músicas desses mesmos vinis. Eu já não gravo diretamente deles, mas sim através de capturas na internet, que nos são possíveis a todos nesses nossos dias. Então eu só faço identificar o artista e a música que quero buscar, acionando a internet para tanto.

   Mas de algum tempo para cá, comecei a perceber um certo detalhe. As músicas que estão nos meus vinis, que já são de mais de quarenta anos atrás, tem um tamanho bem menor do que as mesmas que capturo na internet nesses nossos dias. E seus tamanhos originais não foram observados nas gravações desses mesmos discos de vinis que eu ou qualquer adquirimos naquelas épocas.
   Seja lá por quaisquer razões, no mercado brasileiro as músicas foram encurtadas. E de forma até absurda. Porque grande parte delas é muito maior do que as que nos acostumamos ouvir em nosso país, desde aqueles tempos. E em muitos dos casos, músicas que ouvimos num tamanho de, no máximo, três ou quatro minutos, possuem, sim, sete, nove ou até mais. O que me surpreendeu agradavelmente.
   E é dessa forma que estou atualizando o meu acervo musical. Ao mesmo tempo, substituindo os arquivos menores pelos maiores, ficando com o tamanho real das músicas que sempre gostei. E o interessante registrar que é quase que a maioria delas. E quase a totalidade dessas músicas que ando atualizando são as do ritmo de dance music dos 70's e 80's.
   Óbvio é que tal assertiva parecerá a muitos uma coisa à toa, não é? Mas para quem é um aficcionado por música daquela época, como eu, isso é um fato de alta relevância. Porque não há quem não goste delas. Pelo menos se não for "doente do pé", como diz uma letra de samba muito conhecida por todos. E esse teor que ora apresento, foge das mazelas diárias a que estamos acostumados a assistir nesse nosso louco cotidiano de vida.
    Ainda bem.
    

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