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sexta-feira, 10 de abril de 2020

FACA DE DOIS GUMES

   Não há como se deixar de pensar sobre as mudanças que aconteceram no mundo nessas últimas décadas. Principalmente no aspecto tecnológico, sabendo-se dos muitos meios, instrumentos e equipamentos que estão ao dispor da humanidade nesses tempos últimos. E a tendência é esse processo continuar a todo vapor.
   Acontece que ela própria não se preparou, se prepara e, pelo jeito, não se preparará para as súbitas mudanças nesses nossos cotidianos. E assim é que as situações e circunstâncias se agravaram com o passar do tempo.
   É óbvio que uma assertiva como essa passará por críticas pesadas de alguns e/ou de muitos, cuja classificação primeira será a da negatividade, do pessimismo. Contudo replica-se de imediato que o exercício aqui desenvolvido é só o do realismo, em função das coisas que se nos apresentam a todos nós.
   A título de brincadeira/gozação, alguns já compararam o povo brasileiro como sendo mais destruidor do que quaisquer intempéries das que existem no mundo. Mas se observado tal fato com frieza, essa possível brincadeira/gozação é, sim, muito fundamentada.
   Diante disso tudo, pode-se muito bem entender as mazelas e os imbróglios que nos atingem. Bem como nos causam males profundos e imensos. E isso não são coisas para se imaginar que tenham fim em futuro próximo. Até pelo contrário.
   Mas aproveitando o título dessa matéria, as modernidades ao nosso dispor andam causando mais problemas do que soluções. E os exemplos maiores estão nos apps e nas redes sociais. Além do abuso, há um excessivo exagero naquilo que se coloca e se propaga por esses instrumentos.
   Mas como grande parte da população brasileira costuma dizer, e acreditar, que Deus é nosso conterrâneo, as coisas não se arrumarão nem em alguns séculos, ainda. Quem viver, verá!

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