O episódio envolvendo um político senador de Roraima, Chico Rodrigues, do partido DEM, preso com envolvimento de corrupção e escondendo cédulas em sua cueca, dá margem à muitas nuances. E a primeira delas envolve até mesmo o Presidente Bolsonaro, que alguns dias atrás afirmara não haver mais corrupção em sua gestão.
Este senador faz parte dela, haja vista que ocupava o cargo de liderança política no governo, segundo constando sua grande proximidade com o presidente. E isso compromete por demais a gestão dele, deixando ver ele pecar por ignorância e excesso de confiança. Bem como mostra total falta de domínio gestor no cargo que ocupa.
Interessante é perceber que quase todo mundo se faz de sonso nesse âmbito político. Poucos são aqueles merecedores de confiança plena. E pode-se dizer, pouquíssimos. Porque há uma prática definida e definitiva nos procedimentos dessa turma, ficando difícil acreditar-se que as mazelas são individuais e não coletivas.
Um outro fato que já se tornou até cansativo é o pessoal da oposição jogar tanta pedra na situação, bem como exigir um monte de sanções aos adversários, porque eles também, quando do lado de lá, agiram rigorosamente iguais aos seus pares antagônicos. E não há como aceitar uma coisa como essa porque não se pode admitir alguém usar o erro alheio para esconder o seu próprio.
Em breve teremos eleições no país. Desta vez em âmbito municipal. Mas as pesquisas preliminares dão conta de que muitos dos candidatos a prefeito, por exemplo, concorrem de novo ao cargo, mesmo possuindo históricos de malversação na gestão anterior. Mas parece que o povão não liga para nada disso e eles se colocam na dianteira nessas pesquisas.
Do que se pode deduzir em tais circunstâncias é como se fosse um exercício de mesmice. O povão não muda nunca e continua a votar nos mesmos. Ruim é ficar assistindo a mesma ladainha sempre em falar mal dos políticos do país. Eles não possuem nenhuma culpa nesse processo de safadeza. Os únicos e verdadeiros culpados são os eleitores, que os colocam lá, em seus cargos eletivos. Simples assim!
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