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quinta-feira, 23 de outubro de 2014

A FLEUMA TRANSFORMOU-SE EM CINZAS

     O dia de hoje deixa uma grande parte das pessoas mais aliviadas. Porque termina o tão famigerado horário eleitoral gratuito. Pelo menos para a maioria delas, é claro. Porque para aquelas que são participantes e participativas da movimentação política partidária, não deixa de ser algo assim...um pouco triste.
      E falo de uma coisa da qual fiz parte por muito tempo, até frustrar-me com essa tal de política. Principalmente com a partidária. É muito emocionante tal participação. Tem a ver com o que chamamos de idealismo. E isso se faz presente muito mais forte quando se é jovem. 
      Mas em alguns casos, tal fleuma atravessa gerações e estimula alguns, mesmo que alcance idade mais avançada. E o Lula está aí como exemplo. O Brizola era outro. E ainda podemos citar Miguel Arraes e Ulisses Guimarães, que mesmo velhos, continuavam com aquele ardor em campanhas políticas pelo país à fora.
      É claro que para algumas pessoas isso não represente nada. Ou grande coisa. Mas para aqueles que possuem o famoso "sangue na veia", a coisa é muito diferente. Lembra a história da "adrenalina no sangue". E é uma emoção enorme participar desses movimentos.
      Comigo esse processo não funcionou. E por uma razão muito simples. O Partido dos Trabalhadores, PT, levou muitos anos para alcançar o poder. E vivia apresentando à sociedade e, principalmente, a seus correligionários, uma visão diferente do que deveria haver no país. E isto foi um combustível que alimentou o espírito de muita gente. E este autor foi uma delas. 
      No entanto, ao chegar no poder, o PT desviou-se do rumo que encantava a seus participantes e simpatizantes, acoplando-se com gente muito ruim, gente que sempre classificou como desclassificada (trocadilho proposital). Mas que com a chegada ao poder, não se sabe se por necessidade circunstancial, seja lá o que isso queira dizer, mas todos o sabem, alinhou-se com aquela gente. 
      E para culminar com a mudança de rumo, começou a agir de forma desleal e desonesta, envolvendo-se em falcatruas diversas, onde a mais conhecida foi a do caso do famoso "mensalão", que culminou com a condenação e prisão de vários de seus componentes. Até mesmo uns personagens graúdos do PT, como José Dirceu e José Genoíno, que foram condenados e presos em penitenciárias nacionais. Eles e mais outros, também.
      E a partir daí e disso, incumbi-me de, também, dar uma guinada em meu rumo de idealismo. Assim, joguei fora todos os apetrechos que possuía e abandonei as campanhas políticas das quais sempre participava até aquela data (2003).
      Mas uma coisa não posso fazer. Estimular a ninguém, principalmente aos jovens dessa geração e das futuras, se engajarem em política e campanhas políticas. Até mesmo em partidos políticos. Porque há a necessidade de que todos tomem parte nesse processo. No mínimo para que adquiram uma propriedade: Saber em quem não votar. E isto só se dará com a vivência nesse meio.
      Dessa forma, fico assistindo a tal movimentação, relembrando a minha faze e, também, as participações que tive nesse processo, E, dessa forma, posso garantir a qualquer pessoa que aprendi em, pelo menos, quem não votar. E é assim que me obstarei em votar nos dois candidatos que ora se apresentam como solução para os problemas do nosso país.
      Aguardarei mais quatro anos, com toda paciência, para ver se surge algum candidato que consiga reacender a chama que possuía até aquela data.
      Mas, mesmo estando de fora, torcerei para que cada um dos leitores vote com sabedoria e, principalmente, com muita consciência.
      Boa eleição para todos!
       

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