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sexta-feira, 3 de outubro de 2014

A MIOPIA COLETIVA E UNIVERSAL

     Numa das crônicas deste espaço, foi colocado que existem dois termos muito importante em nosso vocabulário. São eles: Paradoxo e Equilíbrio.
     O primeiro tem a ver com as diversas situações com as quais nos deparamos nesse nosso cotidiano. Em muitas das vezes, observamos contrariedades. Situações inversas e complicadas que não deveriam acontecer. 
     Já o segundo termo, equilíbrio, deixa a entender que todas as situações no mundo deveriam estar sob controle. De tudo e de todos. Mas, como sabemos, não é assim que funciona.
     Um dos paradoxos extremos que observamos nesse nosso dia a dia, tem a ver com o desenvolvimento tecnológico. A ciência se incumbiu de desvendar muitos dos mistérios que existiam há seculos atrás. Mas o ser humano parece não querer ver isso.
      Apesar da tecnologia, a cada dia que passa, se desenvolver de uma forma extrema, veloz e imperativa, muita gente por aí reclama demais. E a principal reclamação tem a ver com a falta de tempo das pessoas. Daí que o paradoxo se estabelece. Existe à disposição de todos uma série de equipamentos, instrumentos e afins que, teoricamente, deveriam facilitar a vida de todos. Mas não é isso o que acontece.
       O avião a jato, o telefone, o computador e a internet, os muitos aparelhos eletrônicos que existem para facilitar a nossa vida, não o conseguem. Pelo menos para a maioria das pessoas nesse mundo. Não é isso um tremendo paradoxo?
       A falta do equilíbrio nas ações das pessoas, cria uma gama de situações desagradáveis e até penosas em suas vidas. Com o advento do dinheiro de plástico, por exemplo, as complicações aumentaram. Isso porque é fácil comprar com os cartões de bancos e de créditos. Mas na hora de se pagar a fatura é que se vê a cobra fumar.
       E para fechar questão, o mundo transformou-se num verdadeiro caos. E uma das coisas mais alarmantes e preocupantes nesse nosso cotidiano é a violência. E ela é gerada de muitos jeitos e muitas formas. E as pessoas não estão se dando conta disso. Muito menos as autoridades. Mas se formos buscar as explicações para isso, veremos que ela está em nós mesmos. De vários tipos. E o desequilíbrio social que se formou, talvez seja um dos fatores principais nessa questão.
       Assim, é bom colocarmos, todos, as barbas de molho e começar a tomar conta dos nossos atos. O conserto de tudo está aí. Começa conosco. 

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