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domingo, 10 de março de 2013

DO RIO PARA SERGIPE E VICE-VERSA

   Hoje faz, exatamente, um mês que retornei de uma viagem ao Estado de Sergipe. Mais exatamente à uma cidade chamada Lagarto, onde fiquei, mas antes permaneci por alguns dias na capital, cidade que já estive por várias vezes.
  Esta cidade está localizada há, aproximadamente, 75 quilômetros da capital, Aracaju. Está já no semi-árido sergipano e possui cerca de 100.000 habitantes.
  Já é uma cidade que podemos classificar como já poder seguir com suas próprias pernas, tal é o estágio que já alcançou no plano econômico e social, lá. Já possui duas faculdades e algumas empresas industriais, permitindo que uma parte de sua população já não precise de lá sair em direção ao sul do país, fato que acontecia até poucos anos atrás.
  Mas com relação à capital sergipana, Aracaju, os dias que lá permaneci, permitiu-me andar pelos quatro cantos da cidade. Observando e apreciando as várias regiões onde estive, dando-me a sensação de estar num lugar maravilhoso, tal é a tranquilidade que transmite aquela cidade, em relação à uma cidade como o Rio de Janeiro, onde nasci e vivo até hoje.
  Cheguei a espantar-me com o que vi lá. Uma cidade nos mesmos níveis a Rio e São Paulo, guardando-se as devidas proporcões, é claro, mas com uma população bem menor, talvez sendo por isso que se pode verificar um alto nível de vida de seus habitantes.
  O transporte coletivo lá funciona de uma forma racional, permitindo a uma pessoa que rode a cidade inteira com uma única passagem. Ela só não pode é sair do terminal rodoviário, locais esses onde se faz a baldeação para um outro ônibus, que continuará a viagem para outro percurso. O preço da passagem custa R$2,25.
   As praias de lá levam uma vantagem muito grande em relação às do Rio de Janeiro porque estão num grau de pureza  muito melhor. E um dos fatos que me chamou à atenção foi que, numa sexta-feira de sol esplendoroso, não havia muita gente em quase nenhuma delas, o que é muito diferente nas praias cariocas em todos os dias da semana. 
   O trânsito de lá ainda pode-se considerar muito tranquilo, apesar de algumas pessoas com as quais conversei, já demonstram certa impaciência com ele, desconhecendo, por certo, o que realmente é um trânsito complicado como o da minha cidade, o Rio.
   Outro fato que me chamou à atenção foi a construção de muitos edifícios novos, desde a última visita que fiz à Aracaju, três anos atrás. Prédios com aparência de nobres, deixando-me a dúvida de onde virão tanta gente para ocupá-los, tal o número de construções que observei em todas as áreas da cidade. É sinal de que lá o progresso está presente e constante.
   Já em Lagarto, as surpresas também foram muitas. Felizmente, encontrei todos os parentes e amigos em ótimas condições, com excessão de um primo, Isaias, que está com a saúde muito frágil e abalada, mas em tratamento rigoroso lá na capital. O restante vive numa cidade muito boa, onde o tempo parece não passar, diferentemente com a vida nos grandes centros do país.
   Só não me senti tão à vontade porque lá, sendo uma cidade pequena, ainda não possui serviço de transporte de passageiro que atenda a todos os lugares, mesmo havendo um serviço de moto-taxi, e eu, acostumado em minha cidade a andar com o meu próprio veículo e ainda uma motocicleta, encontrava dificuldades de deslocamento nas várias regiões daquela cidade, o que me fez retornar mais cedo.
   Em outro texto contarei algumas peripécias envolvendo a mim e meus parentes e amigos, durante os dias que lá passei. Mas uma coisa fica muito claro para mim: sempre que vou lá, ao retornar para o Rio de Janeiro, fico sentindo-me mal. Por saber que lá, sim, é que é uma cidade para se dizer que se vive e não como aqui, uma cidade em que todos vegetamos, isto sim. Mas só quem conhece ambas as situações é que pode saber dessa diferença.
  E estamos conversados.
 

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