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segunda-feira, 18 de março de 2013

NÃO DÁ PARA ADIVINHAR O FUTURO

   Num artigo que li na internet, hoje, o tema era sobre as prováveis dificuldades que o país terá no período da Copa do Mundo em 2014 e nas Olimpíadas em 2016.
   O texto é de Brian Winter e ele cita uma pessoa de nome Paulo Resende, classificando-o como um dos mais especialistas na área de logística. Este afirma que: "Que sorte: Nossa incompetência vai nos salvar. ", referindo-se às possíveis confusões que acontecerão nesses períodos, por entender que o país não tem e nem está preparado para enfrentar tais situações.
   Mas em sua visão e de acordo com o que apurou junto à muitas empresas, estas, durante tais eventos, darão férias aos seus funcionários, bem como imagina que muitas pessoas transferirão suas viagens para períodos fora das datas desses dois grandes eventos, livrando-se dos possíveis contratempos que poderão acontecer naquelas datas. Há uma grande lógica nesse entendimento.
   Em outros artigos já citei que atuei muitos anos na área de recursos humanos e mesmo afastado dela já há muito tempo, não cheguei a perder a essência das práticas que envolvem tão complexa área, de modo que sempre estou atento a desempenho profissional das pessoas com as quais cruzo no nosso cotidiano.
   Também já tive a oportunidade em outros textos de fazer certas observações que verifico e constato em nosso dia a dia, no desempenho profissional das pessoas e em se tratando de Rio de Janeiro, que é onde moro e vivo, verifico que a maior parte das pessoas que está por aí trabalhando, o faz de uma forma do que poderíamos afirmar: "passar longe do que se conta e espera", tal o grau de desinteresse que observo nelas, na maior parte do tempo e do exercício profissional.
   É necessário ressaltar que esta é uma opinião muito particular minha, baseada na minha prática profissional em área humana, mas também de uma observação criteriosa que sempre fiz do e no desempenho profissional das pessoas as quais observo no exercício laboral.
   De certa forma, a princípio, pode ser que tal ato seja considerado como presunçoso ou pretensioso, no que toca a emitir conceito sobre pessoas. Mas é necessário também ressaltar que toda e qualquer pessoa pode passar a prestar atenção no desempenho próprio e alheio e observar as coisas que eu observo nas minhas análises. É uma questão, apenas, de se exercitar nesse sentido, o que raramente é feito pelas pessoas nos seus cotidianos.
    Dos fatos já observados por mim, citarei alguns: 1- Despreparo profissional daquilo que executa; 2- Desinteresse em buscar para quê, por quê, como, onde, quando, para quem a tarefa está sendo executada; 3- Negligência natural em executar as ações pertinentes ao trabalho que efetua; 4- Auto-análise naquilo em que está fazendo, podendo desde já perceber se o executado está bom ou ruim, sem que alguém se manifeste nesse sentido; 5- Auto-crítica à própria execução para saber se está redendo de acordo com o que se espera da pessoa, dentre outras mais.
    Outro fato que se pode observar no desempenho profissional de um trabalhador brasileiro é que não há uma preocupação geral nas duas mais importantes variáveis (se é que as podemos assim chamar e classificar) na produção e execução de qualquer tarefa: aproveitamento e produtividade. Em geral, o brasileiro quer produzir pouco e ganhar muito, diferente de outros trabalhadores em outras nações mais desenvolvidas do que o Brasil (vide o exemplo do trabalhador chinês).
    Muito já se falou sobre o tal "jeitinho brasileiro". E talvez esteja aí o paradoxo da questão. Alguns estrangeiros em ação aqui no Brasil, costumam surpreender-se com a rapidez de recursos que o brasileiro usa para solucionar alguma dificuldade no serviço, o que lá fora levaria um tempo maior para a solução do mesmo problema. Mas também este método quase sempre é empregado como uma rotina no trabalho, provocando ou resultando queda na qualidade do que o brasileiro produz.
    Há uma afirmação que rola por aí, que diz que não existe país desenvolvido adequadamente nas regiões situadas abaixo da linha do Equador. Atribuindo-se ao clima, por exemplo, as deficiências profissionais dos habitantes destas áreas. 
    No Brasil, por exemplo, os dias ensolarados, uma grande extensão de costa atlântica e um número enorme e exagerado de feriados, são fatores intrínsecos à uma possível prática de lazer, fazendo com que as pessoas não tenham a preocupação maior com o trabalho profissional. Daí um rendimento muito aquém daquilo que seja necessário e esperado pelo mercado.
   Deixo a critério dos demais especialistas nessa área o fechamento dessas questões aqui apresentadas.   

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