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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

NÃO SOMOS, MESMO, UM POVO (PAÍS) SÉRIO

     Num outro texto publicado neste espaço há algum tempo atrás, fez-se abordagem daquela frase que foi atribuída ao General De Gaulle, que na verdade foi proferida por um embaixador brasileiro na França, de que "o Brasil não é um país sério".
     E isso deu-se lá pelos anos 60 do século passado. Mas acontece que tal afirmação poderia ser considerada mais como uma profecia, haja vista que as mazelas nesses nossos dias são imensas e descabidas.
     Por exemplo: ainda aproveitando o mote do artigo anterior, "Liquidação: Tudo quase de graça", ao passear pelo shopping nesta terça-feira, vi um módulo tipo estante, para sala, entrando na loja para indagar junto ao vendedor algumas informações a respeito.
     O preço do produto estava bem visível. Tanto à vista quanto à prazo. Mas ao indagar sobre o prazo de entrega, o vendedor informou-me que era de sete a dez dias. Daí eu o indaguei sobre esse tempo longo, e ele respondeu-me que era assim que a empresa agia nas vendas desse produto.
     Então, vamos ao que interessa: Primeiro: como é que pode, um cliente buscar adquirir uma mercadoria, cuja loja fica a cinco quilômetro da residência do comprador e ter que esperar todo aquele tempo?; Segundo: o vendedor afirmou que a empresa não possuía aquela peça em estoque, onde iria contactar o fabricante da mesma para a devida entrega ao cliente; Terceiro: como é que pode um lojista trabalhar dessa forma, vendendo o que não possui em estoque? 
     Mas isso só configura a falta de seriedade que existe nesse país. E, infelizmente, o povo acata esses absurdos de uma forma absoluta, permitindo aos espertos e oportunistas ganharem dinheiro sem a devida contra-partida no que tange a respeito ao cidadão. E isso não é uma ação isolada de uma loja. Não! Isso é uma prática absurda, cometida por milhares de empresários/negociantes, que podemos considerar pouco pragmáticos.
     A impressão que se pode depreender nessas situações é que uma grande parte dos que hoje são denominados "empreendedores", estão mais para aventureiros do que outra coisa. Não possuem as devidas condições financeiras para tais empreitadas. Mas é claro que alguns, ou muitos, alegarão que isso é um tipo de negócio como qualquer outro. Cabe controvérsias.
      E assim é que vemos a rotatividade nas lojas de um shopping todo ano. Uma grande parte dos lojistas não conseguem se manter em atividade, cerrando suas portas um tempo depois de se estabelecer.
      Infelizmente, e pelo andar da carruagem, essas manobras perdurarão, ainda, por muito tempo em nosso país. Afinal, não somos, mesmo, um povo sério. Não protestamos e nem nos fazemos respeitar por essa turma. Daí todo esse absurdo comportamental que assistimos diuturnamente em nosso país.

     Infelizmente, repita-se.

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