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terça-feira, 20 de janeiro de 2015

QUAL É O SEU NOME?

     Um cartório em Sorocaba, São Paulo, esta semana proibiu um pai de colocar o nome de "Piedro" em seu filho, na hora em que este queria registrá-lo. O oficial sugeriu, então, colocar o nome de "Pietro" na criança, e o pai acatou a decisão deste, terminando com o imbróglio.
     Segundo aquele funcionário, há pessoas que tentam colocar nomes em seus filhos, nomes estes esdrúxulos ao extremo. E dá exemplos: "Xismem", em referência aos mutantes da história em quadrinhos, X-Men.
     Um outro caso, que também foi negado registro, foi o de "Alucard", que lido ao contrário ficaria "Drácula". Mas existem casos piores. Um pai tentou colocar o nome de seu filho como "Gesptsfl", que não possui nenhum significado, tampouco uma pronúncia fácil. Até pelo contrário.
     E como sabemos, nos dias de hoje há o tal de "bulling". Termo americano usado para dizer o que antes chamávamos de "encarnação". Que é uma gozação que alguém faz à outra em deboche por alguma circunstância engraçada ou irreverente.
     Desta forma, há muitos casos de pessoas que possuem certos nomes, que lhes dão um peso muito grande na vida para carregar. Isso se dá quando um pai não possui discernimento suficiente para nomear seu filho, registrando-o com um nome engraçado e/ou ridículo, que trará muito sofrimento àquele que se enquadra nessa situação.
     A imprensa, vez ou outra, faz menção a certos nomes de pessoas. E nisso dá para ver o constrangimento delas, por possuir um nome inadequado, sem que tenha alguma possibilidade de se livrar disso, na maioria dos casos. Até existem pessoas que, depois de muita luta na justiça, conseguem a mudança de seus nomes. Mas isso é uma coisa difícil e trabalhosa de se conseguir.
     Daí que os congressistas desse país (e aqui fica a sugestão), criem uma lei, onde uma pessoa ao atingir a idade de quinze anos, possa mudar seu nome por um outro. Mesmo que o nome anterior não a coloque em ridículo. Só, apenas, para que tenha um nome que lhe agrade, diferentemente daquele que seus pais a tenha registrado.
     O nome de uma pessoa é para sempre. Desde o nascimento até à morte. Então, há a necessidade dos pais manterem muito equilíbrio na hora de registrá-la. Porque, em certos casos, estas carregam um estigma enorme por possuírem um nome que, às vezes, lhes tragam sofrimentos, amofinações e galhofa por parte de terceiros. E sabemos que existem milhares desses casos espalhados por nosso país.
     
     
       

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