Total de visualizações de página

domingo, 11 de outubro de 2015

APROVEITANDO OS PRAZERES DESSA VIDA

     Um feriado quando acontece numa Segunda-Feira, cria a situação que denominamos como feriadão. Porque estende o fim de semana, proporcionando mais um dia de folga à população que, no caso da brasileira, é aficionada por lazer e diversão. E é assim que as estradas nacionais ficam abarrotadas de gente, estimulando viagens para certas regiões, onde todos buscarão descanso e alegria, de vidas muito atribuladas desse cotidiano.
    E eu, um simples mortal como todos, decidi-me ir também por aí, montado em minha motocicleta, em direção à alguma cidade que ainda não conhecia. E escolhi Italva, aqui mesmo no estado do Rio de Janeiro, localizada na região noroeste fluminense. E logo cedo neste sábado peguei a estrada nesta direção.
    Partindo da cidade do Rio de Janeiro, pode-se fazer uns três trajetos para lá. E escolhi o que me parecia o mais fácil e rápido, através da BR-101, em direção à Campos dos Goitacazes, e dali pegando a BR-356 até chegar àquela cidade. E a viagem deu-se de forma muito tranquila, apesar de em certos trechos até Campos, existirem várias obras de alargamento da via. Mas nada que pudesse trazer tanta dificuldade nesse deslocamento.
    Também na BR-356 há certos trechos que requerem um cuidado maior do motorista, que no meu caso, sou um motociclista. E num veículo desse tipo os cuidados devem ser maiores do que o de um motorista em seu automóvel, haja vista que a motocicleta é de menor tamanho que um carro e o motociclista fica mais vulnerável em caso de algum acontecimento fora do normal. Mas tudo se deu, também, de forma muito tranquila.
    E num percurso como esse, passa-se por muitos lugares. Várias cidades e povoados, cada um com suas próprias características regionais. Bem como a própria vegetação muda a cada instante, bem como a visão de rios e lagos acontecem nesses percursos.
    A temporada de seca deixa muito claro seus vestígios na paisagem. O verde ainda não está como em tempos de chuvas, bem como os rios e lagos pelos quais passei deram-me a plena certeza de que estamos em período crítico de chuvas. Sendo que dos vários  com os quais cruzei, observei que o curso das águas estão bem abaixo da normalidade.
    Mas chegando em Italva, confesso que decepcionei-me com o lugar. Não era o que eu esperava encontrar. Mesmo sabendo que é uma cidade pequena, mas não senti-me atraído em ficar ali, resolvendo seguir em frente, até Itaperuna, um pouco mais adiante.
    E entre Campos e Italva, ainda existe uma cidade chamada Cardoso Moreira, que está no mesmo nível aparente de Italva, também não chegando a me agradar como recanto para um passeio como eu gosto. E as razões disso são difíceis de explicar. Digamos que não causou-me uma certa identificação com o que eu queria encontrar por lá.
    Já Itaperuna é uma cidade bem movimentada. Com estrutura maior, concede àqueles que chegam uma maior opção para lá ficar, digamos. Mesmo que eu procurasse um lugar mais tranquilo pra ficar, o que poderia ter sido nas duas cidades anteriores, mas que não me senti atraído por elas, digamos que num fator de identificação, seja lá o que isso queira dizer mas todos o devem saber.
    Dessa forma, percorri na ida e na volta uma distância de, aproximadamente, quase oitocentos quilômetros. Nisso levando um tempo de quase dez horas de trajeto entre a ida e a volta, feitos no Sábado e no Domingo. Pois resolvi voltar mais cedo, porque havia planejado voltar na Segunda-Feira do feriado.
    Mas mesmo assim vale à pena tal epopeia. E mesmo que alguns pensem ser uma loucura tal exercício, só aqueles que costumam fazer isso é que sabem como é bom o deslocamento por motocicleta nessas estradas da vida. E registre-se que já não sou mais um jovem. Já sou um sessentão, mas bem consciente das ações que pratico. E sei que, por enquanto, ainda posso arriscar-me numa empreitada como essa. Até porque a adrenalina ocasional consegue me trazer um prazer enorme nessas aventuras.

Nenhum comentário:

Postar um comentário