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quinta-feira, 1 de maio de 2014

DIA DO TRABALHADOR: E FESTEJAR O QUÊ NESSE PAÍS?

     O dia de hoje, 1º de Maio, é um dia importante na vida de todos. Pois é o Dia do Trabalhador. Mas será que nós, os brasileiros, podemos comemorá-lo? Dentro do que uma efeméride desta nos permitiria? Penso que não.
     Num primeiro aspecto, pode-se observar que esta classe não possui o merecido respeito por ela própria, haja vista que em termos salariais todas as suas classes reclamam ano a ano e nada se resolve.
     É importante frisar e ressaltar que não existe nenhuma delas que possa se sobrepor à outra. Todas possuem o mesmo valor no nosso dia a dia. Desde as mais simples às mais complexas.
     Mas a coisa não tem andado de forma objetiva. Inclusive há gente por aí pretendendo reduzir a jornada de trabalho. Estabelecem 40 horas semanais. E isto, com certeza, se concretizado, seria considerado como um tiro no próprio pé.
     Ora, é elementar que quando fora do trabalho e nas horas de lazer, quase todos nós gastamos mais dinheiro do que quando estamos em serviço. Isto porque no lazer, quereremos diversão. E para que isso se realize, sempre haverá a necessidade de se empregar o dinheiro para pagar seja lá qual for essa diversão.
     Assim, se tivermos tanto tempo livre, as nossas despesas aumentarão. Para uns, muito; para outros, mais ou menos. Mas sempre que estivermos no lazer, pode colocar o dinheiro em primeira questão. E isso é imperativo.
     E de outra forma, como é que iremos desenvolver um país e a nós mesmos, individualmente, se não nos aplicarmos no trabalho? Pois é nítido e claro que um país e seu povo só se transformam para melhor, através do trabalho. E temos três nações no mundo para corroborar tal situação: A Alemanha, o Japão e, nestes tempos atuais, a China.
     Mas existe um assunto a discutir sobre o trabalho no Brasil. É sobre os aumentos a que um trabalhador precisa e/ou merece. Infelizmente aqui em nosso país essa problemática ainda não foi levada a sério pelas autoridades pertinentes. O que deve, obrigatoriamente, existir é a unificação das datas e dos índices a serem empregados nessa correção anual.
     Como sabemos, existem certas classes que se aproveitam de suas circunstâncias e promovem greves por motivo de aumento salarial, criando situações conflitivas e prejudiciais à Nação. Então há um certo desequilíbrio nisso. Porque usam de um certo poder circunstancial, digamos, para tentar auferir maiores e/ou melhores vantagens nesse confronto entre elas e a parte patronal.
     Mas um detalhe não pode deixar-se passar-se inadvertidamente: Sempre que uma classe profissional pretender e conseguir aumento em seu dissídio coletivo, não tenham nenhuma dúvida de que tal parcela será imediatamente repassada ao consumidor. Ou seja: ao restante da população. Pois é sempre ela que paga a conta. E sem nenhuma outra alternativa. Isto corresponde dizer que é sempre uma mesmice. O trabalhador ao receber um aumento em sua remuneração, estará, também, recebendo um aumento em tudo aquilo que pagará dali para a frente. E sem nenhuma outra alternativa, digamos.
     Por fim, criou-se uma cultura muito nociva nesses país, não se sabe desde quando, mas que já vigora há muito tempo, que é a de trabalhar pouco e querer ganhar e/ou lucrar muito. E isso fica bem configurado com o comparativo entre nossos preços e os exercidos e praticados no exterior. E só não vê (ou não sabe) quem não quer.
     E assim vamos vivendo. E mal, diga-se de passagem. Mas um dia, com certeza, aboliremos de nosso calendário uma grande parte dos feriados. Principalmente os de cunho religioso. Bem como aboliremos, também, os tais de dias de ponto facultativo. Esse item, por exemplo, é um tremendo absurdo e faz com que o país sofra muito mais. 
     Daí que é bom que todos comecem a prestar muita atenção no que se diz de custo Brasil. Já será um bom começo para se buscar mudar a capacidade e a cultura do oportunismo em nossa nação.
     E que tenhamos, doravante, muitos Dia do Trabalhador. Mas sem feriados e, sim, na labuta diária. Isto sim!

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