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domingo, 16 de agosto de 2015

HAJA PACIÊNCIA !!!

     A epopeia pela qual passei ontem, e narrada no texto anterior, para fazer a vistoria do meu veículo, que é movido a gás natural, dá bem a ideia do que é este nosso país.
     Uma pessoa ter que madrugar, para conseguir senha para atendimento desse serviço, é a coisa mais ridícula e inadmissível que se pode ver. E por vários aspectos. E o primeiro deles, sem dúvida alguma, pode-se atribuir ao baixo nível dos trabalhadores nacionais. A ponto de ter criado um aforismo: "O trabalhador brasileiro ganha mal porque trabalha mal? Ou trabalha mal porque ganha mal?"
     E mesmo que se pratique o exercício desagradável do "uso supérfluo de palavras em tal expressão, pede-se que se desconsidere esse abuso. Porque a frase fica bem caracterizada dentro desse padrão. E a resposta cada um que a busque em suas análises particulares e individuais. Mas eu fico com a primeira indagação.
     Mas fica muito bem evidenciado que em nosso país as coisas são feitas de forma desencontrada, sem estudo e análise prévia daquilo que se vai colocar em prática. E o processo que se usa é o do experimentar primeiro para ver como fica, e onde, os equívocos nessas empreitadas. Ou seja: o cidadão brasileiro passa sempre pela experiência de ser a cobaia nos processos colocados em prática no país.
     E para corroborar tal assertiva, um pouco antes de ser atendido na oficina, dirigi-me ao responsável pela mesma para obter informações daquele serviço. E uma das afirmações que ele me fez, e declarou, foi que em média gastava-se quatro horas nesse serviço. O que estarreceu-me na hora e de imediato.
     Ora, uma pessoa como essa só pode levar a pecha de brincalhão. Porque informar um negócio desses é pura brincadeira, sim. Felizmente o serviço durou duas horas e meia, o que, convenhamos, já é um tempo excessivo, seja lá as dificuldades que existam nesse processo. Os testes não são tão complexos como eles possam dar a entender que são.
     Mas infelizmente, o que se vê pelo país são ações e atitudes nesse nível. A impressão que se tem é a de que o trabalhador brasileiro é quase que engessado, duro, no serviço. E isso é comum observar-se em todas as áreas. O exemplo disso podemos ver e observar nos prazos que nos são dados nos orçamentos de consertos em algum bem nosso para reparo. Mas um fator preponderante na má qualidade profissional é a conversa na hora do expediente. Como o brasileiro conversa na hora do trabalho. É de espantar só um fato: onde é que arranja tanta conversa para colocar em prática?
     Enfim, há que se esperar o dia em que possamos adquirir um jeito que nos empurre para a frente, bem como em alcançar um padrão que possamos classificar como de excelência. Mas até lá, que tenhamos muita paciência.
    

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