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terça-feira, 22 de setembro de 2015

TENTANDO EXPLICAR O INEXPLICÁVEL

    A vida humana nesses tempos atuais não tem sido lá tão feliz e tranquila como muitos imaginam. As ocorrências negativas e trágicas se acentuam a cada dia que passa, sem contudo alguém nos explicar porque se dá tudo isso. Óbvio que pode haver conjecturas a respeito,mas a explicação lógica e definida ainda está por vir, com certeza.
    Se fosse arvorar-me em especialista nisso, não teria nenhuma dúvida em apontar o desenvolvimento tecnológico como o fator maior das mazelas humanas. E a explicação é razoavelmente simples. Como foi previsto há tempos atrás, o humano ficaria em segundo plano num futuro (que é o nosso presente), com os recursos apurados que se desenvolveriam nesses últimos séculos e que estão aí à nossa disposição, relegando a nossa espécie para um plano inferior ou secundário.
    Daí que tal processo redundou, de certa forma, numa ociosidade funcional ou profissional, produzindo nas pessoas um grande espaço de tempo à toa, o que as fazem enveredar para ações diferentes daquela às quais estariam voltadas para a produção de algo ou alguma coisa, se em exercício laboral efetivo.
    Diz uma afirmação popular muito conhecida o seguinte: "Mente vazia é a oficina do Diabo". E seja lá o que isso queira dizer, é lógico que quase todo mundo sabe. As pessoas ficam voltadas para pensamentos negativos, daí descambando para ações criminosas.
    Mas também pode-se atentar para um outro fato, que é pertinente à essa mesma situação. A disposição de um número enorme de aparatos tecnológicos, faz com que todo mundo tenha a pretensão de possuí-los.
    E isto representa um custo muito alto na aquisição, coisa que não está acessível para tantos. Principalmente para aqueles que não estão efetivamente trabalhando e auferindo rendas por isso.
    E aí é que entra um dos maiores fatores da violência urbana atual. Todo mundo quer adquirir os bens que estão disponíveis em nossas vidas, para ter uma vida melhor, mas se a pessoa não tem a disponibilidade financeira para isso, buscará quaisquer subterfúgios para adquiri-los.
    Mas esse processo ainda tem uma outra situação: as relações humanas estão totalmente desestruturadas. E a primeira impressão que se vê é a da frieza nos sentimentos delas. As pessoas já não nutrem pelo semelhante, aquele sentimento de amor e fraternidade que existia em passado recente.
    As relações entre as pessoas desvirtuaram-se de uma forma absurda. E também tem a ver com a progressão tecnológica, sim. Porque, hoje, todos só se importam com os objetos da modernidade, desejando-os desenfreadamente, e a qualquer custo. E é muito fácil se ver isso nas crianças modernas. E é só observar tais circunstâncias. Elas não gostam de quase ninguém a não ser delas mesmas. E se não veem seus gostos serem realizados pelos pais, descambam para reações conflituosas com eles e com quem mais estiver aos seus redores.
    Esta última situação é apavorante, sim. Porque as crianças e jovens de hoje, serão os adultos do amanhã. E se a frieza comportamental e de sentimentos se acentuam desbragadamente, o que esperar delas num futuro próximo?
    É óbvio, que com o passar dos tempos, a humanidade ira submeter-se à essa mudança, também. E haverá uma acomodação de todos para essas novas circunstâncias. Isto, por certo, promoverá mais mudanças profundas nas relações interpessoais. Mas não será para as gerações passadas que ainda vivem nestes tempos. Felizmente para elas.
    Desta forma, este autor requer que o leitor absorva esse texto de forma natural, nem criar possibilidades de ser um devaneio dele, bem como uma falta do que escrever, gerando uma situação um tanto quanto descabida, para explicar os revertérios e mazelas que a humanidade anda praticando e exercendo nesses nossos tempos. Mas também não chega a ser um exercício de futurologia, com certeza.
   

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