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segunda-feira, 14 de setembro de 2015

A IMAGINAÇÃO É FATOR CRUCIAL NA CRIAÇÃO, SEJA ELA QUAL FOR.

    Não me dispus a buscar o texto em que fiz uma citação do nosso grande artista Chico Anysio, sobre as criações dos personagens que encarnava nos muitos programas cômicos que desenvolveu e participou. Mas nessa oportunidade ele afirmava que era como se assumisse a real condição de vida daqueles personagens. Enfim, usava o método de um médium em relação a um espírito numa sessão espírita. E é inegável que ele era perfeito em suas interpretações, não dando margem à nenhuma dúvida de sua qualidade como ator/comediante que era e que foi.
  E é aproveitando esse mote que vou me referir a alguns textos que publico nesse espaço, que quando os leio após um certo tempo, me vem a ideia de algo parecido ao que relato sobre o grande Chico. Ou seja: guardando as devidas proporções, mas também não querendo dar uma de presunçoso ou pretensioso, ao reler certos textos por mim desenvolvidos, fico espantado com o seu conteúdo. Também me achando na posição de um médium nessas oportunidades, para desenvolver aquele conteúdo que está ali para leitura de quem acessa este espaço.
   E nisso  relatarei um fato que deu-se comigo há alguns anos atrás. Mais exatamente no ano de 1975, quando trabalhava numa empresa de transporte de passageiros em nossa cidade, o Rio de Janeiro. Foi o ano em que foram criadas as linhas dos famosos ônibus-frescões.  E lá havia mais de meia centena deles.
   Então, como trabalhava no Depto. Pessoal, como assistente, me foi solicitada pelo gerente da oficina que o auxiliasse na feitura de uma carta à fábrica dos frescões, com o fim de relatar algumas observações que haviam sido verificadas pelo referido senhor, que pensava serem necessárias levar ao conhecimento daquela fábrica para posteriores mudanças em alguns itens daquelas unidades em uso no trânsito da cidade.
    Daí que reuni-me a ele para que o mesmo me passasse todas as observações que fariam parte daquela carta dirigida à fabrica, relacionando uma a uma as mudanças que poderiam ser feitas nas composições, facilitando a vida de mecânicos e usuários dos frescões recém em uso. E a carta foi elaborada por mim e repassada ao gerente, para que verificasse se todos os itens estavam de acordo com o seu levantamento, bem como concordasse com o referido texto. E ele agradeceu-me, elogiando-me pelo trabalho desenvolvido naquela emissão.
    E nisso passou um certo tempo. Foi quando ao pegar a pasta onde eram arquivadas as correspondências emitidas na empresa, deparei-me com aquela, e ao ler seu conteúdo, fiquei imaginando quem ali na empresa havia desenvolvido tal teor, haja vista que o apuro da mesma me levava a duvidar de que houvesse ali alguém com tal conteúdo para desenvolvê-la.
    Óbvio é que tal postura pode ser considerada como pura arrogância e prepotência minha. Mas dei-me ao trabalho de buscar tal resposta junto a um outro funcionário, perguntando-o quem seria o autor daquela carta. E foi com verdadeiro espanto que o mesmo, rindo-me, disse-me que era eu o autor da mesma. O que me surpreendeu, sim, e acreditem se quiserem, fez-me lembrar disso.
    Mas é claro que uma situação como essa é mesmo surpreendente. Para mim e para qualquer outra pessoa que esteja dentro desse mesmo universo. Porque o fator "criação", tem, às vezes, a colaboração do astral superior, e seja lá o que isso queira dizer, mas todos o sabem, é uma coisa que foge à nossa compreensão e domínio, às vezes. Ou, até mesmo, quase sempre.
    E é dessa maneira que  às vezes até eu mesmo me surpreendo com o que produzo aqui neste espaço. Mas que nenhum leitor, por favor, queira colocar-me
na condição de um super-ser ou algo parecido. Mas é que em certas circunstâncias, acontecem coisas que nos surpreendem, sim. E, como já dito, fogem à nossa compreensão e ação. Feliz, ou infelizmente, sabe-se lá!

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