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sexta-feira, 18 de setembro de 2015

"QUEM COM FERRO FERE, COM FERRO SERÁ FERIDO"

     A evolução tecnológica é imperativa e implacável, já foi dito aqui neste espaço por algumas vezes. Porque leva de roldão tudo e todos nessa trajetória, mudando as características do mundo, bem como a tudo o que existe nele.
     E a raça humana, como é uma das componentes desse meio, talvez seja a que mais sofreu mudanças nesses tempos, desde que existe, há milhares de anos.
     Mas paradoxalmente ela não acompanha tais progressos na mesma velocidade que o modernismo e a modernização tecnológica, porque não consegue alcançar a performance disso. E as razões são muitas. Daí as situações que se criam entre nós, principalmente de equívocos nas ações cotidianas, deixando de atentar para certos detalhes que são fundamentais em nosso convívio.
     O que se pode observar de modo claro e imediato, nos dá a impressão de que uma das atitudes mais nocivas humanas é a ganância. Nos planos financeiros, econômicos e patrimoniais. E as grandes potências mundiais não deixam de mostrar isso de uma forma clara e objetiva.
     E desde que o mundo é mundo, praticamente, com a evolução humana alcançando muitos progressos desde que a humanidade existe, os mais capacitados ou decididos sempre buscaram alcançar patamares mais altos em relação aos mais fracos ou menos favorecidos pela vida. E assim foi que se viu certas nações lançarem-se pelo mundo através dos mares, em naus abarrotadas de pessoas destemidas e ambiciosas, para conquistar novas terras e territórios.
     E com essas ações, não respeitaram nada em seus caminhos e ações. Desbravaram lugares inóspitos dos mais diversos e longínquos, proporcionando-lhes as mais diversas conquistas. E aí inclua-se as próprias terras descobertas, bem como todos os bens que puderam capturar nessas empreitadas. E o Brasil sofreu isso na sua essência, quando tivemos desde portugueses, chineses, até holandeses em nossos territórios, dominando tudo o que se podia dominar.
     Mas é relevante dizer que essas conquistas, em grande maioria, foram violentas. Mas, principalmente, saqueadoras. Porque os invasores, denominados de descobridores, usavam toda a sua força para sugar tudo o que houvesse de valor nessas terras conquistadas. E em nosso país, o ouro foi extraído de forma pesada, bem como outros minerais valiosos.
     E assim, com o domínio dessas regiões, a população que nelas existia foi dominada, explorada e vilipendiada de todas as formas. E esse processo continuou pelos tempos, onde nações portentosas achavam-se no direito de fazer o que quisessem em várias partes do mundo. E a África foi uma das mais atingidas por esse processo, onde houve uma exploração muito forte das riquezas que existiram e ainda existem por lá.
     Desta forma, tais ações, num dia qualquer do futuro, teriam certas repercussões dos atos opressores das grandes nações, bem como da opressão do povo de cada uma dessas regiões, o que ninguém esperaria que fosse acontecer no passado. mas que o futuro e principalmente o presente, está mostrando o contrário. Essas revoltas através das migrações de muitos povos em direção à Europa rica, está configurando isso.
     Então, o que estamos assistindo aí é nada menos nada mais do que uma refrega perpetrada por todos aqueles que sofreram violências no passado, daqueles que invadiram seus territórios, buscando locupletar-se das coisas alheias e a qualquer preço. Sendo que agora a cobrança daquilo tudo está sendo feita pelos oprimidos de então.
     E para as gerações mais novas que veem tudo isso acontecer sem entender o xis da questão, seria bom que lessem um artigo no Jornal do Brasil, intitulado "O Pato e a Galinha", cujo autor, Mauro Santayanna, faz uma explanação bem consistente e esclarecedora, bem como informativa, que explica muito bem todo esse processo de confronto a que estamos assistindo em parte da África e da Europa nesses nossos tempos.

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