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domingo, 6 de setembro de 2015

MEU PAI DIRIA A RESPEITO: "UM SERVIÇO LAMBÃO!"

     Hoje, logo cedo, fui visitar um amigo. Ele mora na região do Grande Méier. E por excesso de confiança mútua, não precisamos avisar um ao outro dessa intenção. E assim, quando cheguei lá encontrei-o pronto para a sua caminhada costumeira. E necessária, por motivos físicos. E ele já estava preparado para o percurso que cumpre com certa regularidade. E como eu também me encontro nessa mesma situação, propus me a acompanha-lo nessa empreitada.
     E lá fomos nós caminhando pelas ruas do bairro. E este é o da Maria das Graças, já fazendo divisa com o bairro do Cachambi, onde a prefeitura está realizando obras de reurbanização nas ruas desses bairros, já algum tempo. E grande parte do serviço já está pronto.
     Mas foi impossível passar pelos lugares e pelas obras, sem reparar em tudo o que estava ali à disposição de todos. E, infelizmente, o que se viu não foi do nosso agrado. Porque a região onde as obras já estão prontas, observa-se que em alguns trechos algumas partes já estão danificadas. Por transeuntes e por carros. São calçadas apresentando rachaduras, bem como meio-fios também quebrados ou fora de seu lugar.
     E um detalhe não passa despercebido ao olhar de alguém atento como eu. A qualidade do material empregado nas obras não é de boa qualidade. E, por extensão, a mão-de-obra também apresenta certos deslizes, porque se observa acabamentos do tipo "lambões", seja lá o que isso queira dizer mas, claro, todos o entendem.
     Enfim, é o que se costuma dizer: "Só pra inglês ver". Porque aquilo que está ali é obra para pouco tempo de durabilidade. E esse padrão se espalha por toda a cidade. E só não vê quem não quer. E esses detalhes são tão fáceis de observar e constatar. Até se pode compará-los, por exemplo, com obras já cinquentenárias nesta mesma cidade. Foram feitas dentro de um outro padrão de qualidade.
     E só pra citar um exemplo, mesmo que grosseiro, pode-se dizer do antigo muro do presídio da Frei Caneca. Que tendo sido este derrubado, o muro continua lá, mesmo que uma parte dele. E em estado perfeito, e já devendo possuir mais, ou quase, uns cem anos de existência.
     Mas tais detalhes e pormenores deveriam ser fiscalizados por algum órgão. Porque, como sabemos, nesse país as obras são quase todas elas superfaturadas. Mas mesmo assim os materiais que são empregados nelas são de baixíssima qualidade. E não se precisa ser especialista nesse tipo de serviço pra se notar tal fato.
     Assim é que a sociedade é que sempre paga o pato das mazelas dessa gente. E a um preço muito alto, registre-se.

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