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sábado, 9 de abril de 2016

A VIDA E A NOSSA EXISTÊNCIA É A DE UMA ESCADA

    Das coisas interessantes que se pode observar nessa vida é, por exemplo, com relação à importância que cada um possui dentro do contexto dela. Cada um, ou grande parte, se considera muito importante. E até em muitas das vezes, mais importante do que realmente é.
    E nem se precisa ir muito longe para tais verificações. Em nosso país isso é tão simples e comum de constatar. E em primeiro plano vê-se tais comportamentos nas pessoas que possuem um cargo ou função de agente público. E não se pode, e nem deve, esquecer que de uns tempos nem tão idos, onde era comum aquela velha mania de dar uma carteirada no outro, acrescentando-se aquela famosa frase: "Sabe com quem está falando?"
    Infelizmente tais episódios ainda são frequentes em nosso cotidiano. E continuam inaceitáveis, é claro. Porque muitas das pessoas que se arvoram em ser qualquer coisa, como se fosse mais do que o outro, a bem da verdade expressa uma boa dose de complexo e recalque, isto sim.
    E digamos que no caso de um agente público, no Brasil e/ou no mundo, a questão da superioridade entre ele e o cidadão comum, está com esse segundo. Apenas numa circunstância isso não se dará: quando ele estiver irregular ou fora da lei. Mas de resto, o primeiro deverá manter-se equidistante, guardando a devida autoridade sobre o cidadão comum.
    Mas também nesse aspecto, se houvesse a verdadeira consciência naqueles que querem enveredar pelo caminho do serviço público, deveria, primeiramente, analisar tal situação. Porque nesse âmbito, uma pessoa que assim escolher, deverá entender que estará, sempre, em plano inferior ao cidadão comum. A essência de sua posição é estar a serviço do outro, bem como garantir-lhe total condição de segurança e bem estar em sua vida.
    Infelizmente em nosso país isto funciona ao contrário. Porque muitos dos que estão no serviço público, acabam extrapolando certos limites. E o primeiro deles é achar-se superior ao cidadão comum. Bem como usa seu cargo e/ou função em proveito próprio. E o exemplo maior está no âmbito político. E alcançamos um nível/padrão de verdadeiro horror e desrespeito. à coisa pública e, principalmente, ao cidadão comum.
    Também existem diferenças até mesmo nas profissões. Onde algumas delas são consideradas superiores à outra. Tal fato já é milenar, a começar pelos nobres em relação aos plebeus. Sempre houve distinção entre as pessoas. E em nossos atuais dias, a coisa continua. Mas seria bom que muitos praticassem um determinado exercício: enxergar-se a si.
    O modernismo, bem como o apuro tecnológico, transformou alguns em fenômenos. O que não representa a pura verdade. Porque com o advento da tecla "enter", avolumou-se o número de pessoas que estão se achando. Mas que se for colocada a desempenhar muitas das tarefas que eram realizadas em tempos passados, não saberiam nem por onde começar.
    E um outro fator que se verifica nesse nosso cotidiano é o exercício da verbalização. Fala-se muito e faz-se pouco. E até já existe treinamento para buscar vender-se gelo a esquimó. O que representa dizer que é possível engabelar o outro, aproveitando-se da situação e fazendo negócios até onde não seria possível fazê-lo. Mas aí a culpa tem que ser atribuída aos ingênuos, os que se deixam levar por balelas.
    Em resumo, diante do exposto, pode-se colocar em discussão o termo democracia. Porque as igualdades, na prática, não existem. Há, sim, muita diferença entre todos. Infelizmente. Daí que podemos dizer que vivemos em uma escada.
   
      

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