A propósito do artigo "Com a Pulga Atrás da Orelha", veio-me à mente um pensamento: Será que alguém consegue imaginar o que é o valor de R$1.000.000.000,00 (hum bilhão de reais). Imaginem quantas vezes um salário mínimo cabe dentro desse valor? De imediato, representa um mês de todos os benefícios pagos pelo INSS a seus segurados, segundo vi num determinado site.
Mas é claro que só uns poucos (e não estou querendo aqui subestimar a ninguém, é lógico) tem a exata noção de um valor como esse. "É coisa de doido!", diria meu falecido pai, se hoje fosse vivo. Mas num país onde o salário mínimo é de R$678,00 (seiscentos e setenta e oito reais), só pode ser, mesmo, coisa de doido, confirmo.
Não sei onde, nem quando e nem com quem, ouvi dizer que nos Estados Unidos, quando alguém fala em $100.000,00 (cem mil dólares), todos se espantam com tal valor. Então, imaginem, num país rico como aquele, onde sabemos que a situação econômica e social é muitas vezes melhor do que a
nossa, ver que alguém se espanta com aquele valor, enquanto que aqui, no Brasil, fala-se em milhão de dólares com uma naturalidade e indiferença revoltantes e espantosas.
Será que Freud explicaria isso? Penso que não. Não há no Brasil nenhum parâmetro que possa servir de base de estudos e análises para certos comportamentos nossos. Muitos absurdos são cometidos diuturnamente e fica tudo por isso mesmo. A começar pelos congressistas que a população elege de quatro em quatro anos. Do que vemos através da imprensa, são os piores possíveis. E isso já vêm de longa data. Alguns até costumam culpar o Cabral (o descobridor e não o governador)e seus patrícios portugueses, por isso. Durma-se com um barulho desse??!!!
Algumas pessoas costumam atribuir tais "revertérios" à falta de educação geral do povo brasileiro. Mas quando se fala nisso, nem se sabe a qual educação estão se referindo. Do que entendo de vida, a educação primeira e fundamental vem de casa, dos pais nossos de cada dia. São eles que têm que ensinar aos filhos o respeito a si e aos outros, principalmente aos mais velhos, coisa que já não se verifica mais na família e nas ações dos pais modernos, que atribuem essa questão às escolas e aos professores, mas que são os primeiros a os contestarem quando estes se manifestam de uma forma mais determinada na falta cometida por alguma criança na escola.
E assim tudo continuará com dantes no quartel de Abrantes. As maracutaias continuarão acontecendo nesse país, às nossas barbas, sem que tomemos quaisquer providências para dar um basta nesses absurdos nossos de cada dia.
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