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segunda-feira, 22 de abril de 2013

"VAMOS À LA PLAYA "

  Numa música cantada pelo falecido cantor Cazuza, uma parte da letra pergunta: "Que país é esse?" E desfia algumas mazelas que existem no Brasil.
  Também já se ouviu falar, uma série de vezes: "O Brasil é uma merda!". Eu refutaria essa declaração na hora. Não! O País não é nenhuma merda. Uma parte da população sim, é que é. Principalmente aqueles que não levam a coisa com seriedade.
   Por exemplo: um gestor público (Presidente da República, Governador ou Prefeito) que decreta ponto facultativo num dia espremido entre um Domingo e uma Terça-Feira ou entre uma Quinta-feira e um Sábado, não têm nenhum compromisso com a nação.
   Sabe-se muito bem e de longa data que decretar ponto facultativo para os servidores públicos, é como perguntar se "um macaco quer banana?". Ou seja: ninguém irá trabalhar em hipótese alguma nesse dia. E nem se precisa ir muito longe. Nesta Segunda-Feira, 22 de Abril, apesar de não ser feriado na cidade do Rio de Janeiro, muita gente não foi trabalhar. Principalmente uma grande parte dos funcionários públicos, que foi beneficiada por uma concessão de ponto facultativo neste dia.
    Daí que, por desdobramentos, outras atividades privadas não tiveram alternativa de, também, deixarem de trabalhar. Porque muitas delas dependem das repartições públicas para resolverem uma série de questões relativas as suas próprias atividades.
    Então, desde Sábado passado, muita gente fez as malas e se mandou. Foram curtir o que chamam de feriadão. Mas no fim do mês, quando as contas estão vencendo, em muitas das vezes as pessoas não possuem parte ou o total do dinheiro para quitá-las. E aí, qual é a solução? Reclamar, é claro!
    É público e notório que o brasileiro não vive nadando em dinheiro, até muito pelo contrário. Uma grande parte das pessoas vive empurrando contas de um mês para o outro e não está nem aí para nada. Todos sabem, inclusive, que os nossos salários são baixos mas as contas públicas que temos que pagar todo mês estão nos níveis de custo internacional, vindo, daí, o desequilíbrio automático em nossas contas pessoais ao final do mês.
    E muito se fala num tal de fator "Custo Brasil". Mas poucos sabem o que é ou o que quer dizer isso. E, no caso, deveriam buscar as devidas informações a respeito. Porque, quando uma nação não trabalha com afinco, vontade, determinação e seriedade, não chegará a lugar nenhum e seu povo nunca terá as condições adequadas, necessárias e pretendentes para ter certas qualidades de vida.
    Temos os exemplos do Japão e da Alemanha, que foram países destruídos por guerras, mas que retomaram suas atividades de uma forma avassaladora e hoje são duas das maiores economias mundiais. E a China, nestes últimos tempos, está se revelando uma grande potência econômica, também. E tudo isso porque seu povo se envolve no trabalho, produzindo muito mais do que precisa, digamos, e com isso proporcionando a nação exportar o excesso que produz, alcançando excelentes resultados em sua balança de pagamento. Mas também invadindo o mundo com suas próprias produções.
    Já o Brasil, com dimensões continentais, com raras exceções, alcança lugares de destaques no que diz respeito à produção de bens de capitais. O máximo que consegue é comerciar commodities, fornecendo matérias primas para as nações que as adquirem, enquanto muito dos brasileiros ficam buscando emprego sem o conseguir.
    Mas isso já vêm de longo tempo. Inclusive, aproveitando o dia de hoje, em que se "comemora" o Dia do Descobrimento do Brasil", costumam atribuir a culpa das mazelas tupiniquins ao digníssimo sr. Cabral (Pedro Alvares Cabral - descobridor do Brasil).
    "E vamos a la playa!"

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