Mais uma vez abordarei sobre os acontecimentos violentos que se dão no país e que tomamos conhecimento através da imprensa.
Não gosto do vejo por aí. Percebo um sensacionalismo além da conta, bem como uma exploração exagerada do sofrimento alheio.
Do que vejo de negativo no trabalho da imprensa é o fato dela não se limitar a reportar os fatos. Costumam exagerar na dose. Acentuam, ressaltam e aumentam certas situações que nem sempre são do modo como são colocadas para a população.
Mas o fato principal que observo nisso é que todo mundo só se preocupa com os efeitos, desconsiderando um fato muito mais importante: as causas.
Fica fácil de falar disso ou daquilo que acontece de ruim no país. Só é difícil as pessoas perceberem o porquê acontecem. E num artigo anterior nesse mesmo espaço, tomei a ousadia de aponta-lo: A gravidade disso tudo o que está aí, está na Constituição Brasileira, que a partir de 1988, em sua nova promulgação, igualou a todos num plano só: os cidadãos que trabalham, que produzem, que andam dentro da lei, com os bandidos e vagabundos que proliferam a cada dia mais pelas cidades e pelo país.
Um sujeito pode ficar um dia inteiro à toa num logradouro qualquer, sem que a polícia possa nem sequer abordá-lo, se ele estiver de forma pacífica naquele lugar. Só pode fazê-lo se o mesmo tiver em flagrante delito ou se ela tiver um mandado de prisão contra esse mesmo sujeito. Diferente disso, ele pode ficar o tempo todo à toa, como disse, e ninguém pode fazer nada contra ele. Nem sequer indagá-lo do modo como sobrevive.
O problema está aí. A própria Constituição homologou a figura do vagabundo. Instituiu a vadiagem como comportamento natural de pessoas neste país. Mas antes a coisa era totalmente diferente. Se uma pessoa antes de 1988 fosse surpreendida na rua sem documentação e prova de trabalho, era encaminhada ao distrito policial e enquadrada num artigo que previa a "vagabundagem". Hoje tudo mudou.
E ainda querem saber o porquê da violência aumentar à cada dia no país. Só pode ser pura brincadeira dessa gente.
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