A nossa língua, o Português, é considerada uma das mais difíceis de se aprender. E isso nós podemos constatar através de nós mesmos, os brasileiros. Não são poucos os que não sabem conjugações verbais com pleno domínio delas. Inclusive, possuímos muitas expressões que são engraçadas, interessantes e circunstanciais.
Ontem, por exemplo, usei uma: "andar ao léu". O que implica dizer: andar sem rumo, perambular. Mas alguns a usam no sentido de vagabundear, o que já pode ser classificado como uma coisa desagradável. E esse último termo nos faz lembrar do senhor Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente do Brasil, ao se referir aos aposentados com idades ainda em pleno vigor físico, mas já com direito à aposentadoria por tempo de serviço.
E eu não sou nenhum vagabundo, é claro, mas gosto muito de andar ao léu por aí, sempre que me é possível. E ando prestando atenção "em cores que não sei o nome", como diz a música da Adriana Calcanhoto. Enfim, presto atenção em tudo o que está ao meu redor, nessas andanças.
Mas para reparar as coisas que estão por aí, a pessoa deve ter uma concentração apurada, se não vai olhar tudo e não ver nada, o que pode ser considerada uma figura de linguagem chamada Antítese. Isso se me permitem tecer tal comparação, lógico. Porque há pessoas que andam por aí e não prestam atenção à nada. Mas cada um possui certas propriedades e algumas delas não estão disponíveis em todas as pessoas.
Hoje, por exemplo, ao passar pelas imediações do Estádio do Maracanã, observei nas obras que ali estão se realizando, que num certo trecho existe a plantação de umas palmeiras. Salvo erro umas oito delas. Mas um fato chamou-me à atenção: Várias delas estavam tortas. Ou seja, já foram mal plantadas. E sabe-se que o caule de uma palmeira é sempre reto.
Mas, com relação às arvores, andei observando muitas delas na cidade, reparando que a maioria possui uma postura torta. Raras são as que obedecem um caule quase reto. E as que estão plantadas em calçadas onde a rede elétrica passa por ali, a maioria está mutilada, tendo sido podada com frequência para não interferir nas referidas redes. Por isso, elas apresentam tais distorções em seus caules.
Um outro fato despertou-me à atenção, também. Naquela reta que vai da Estação da Leopoldina até à Rodoviária Novo Rio, por causa das obras que também estão se realizando ali, o pessoal cortou todas as árvores que haviam em todo o percurso pelas calçadas. Eram Oitis já com muitos anos de existência naquele lugar. A ponto de o mesmo ter ficado totalmente desfigurado e exposto ao sol em excesso. Penso que após as obras, deverão plantar novas árvores naquele percurso. Vamos aguardar isso.
E por fim, dando término às minhas andanças ao léu, por hoje, reparei que nessas obras, em seus canteiros, o número de pessoas ali está em quantidade excessiva. Dá para ver o tempão que a maioria leva conversando entre eles, sendo que o serviço não anda como deve.
Isso me faz lembrar uma assertiva que já ouvimos muito por aí: O "custo Brasil". E só não vê quem não quer. (Ou quem não enxerga, não é?)
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