Li no jornal Destac de hoje que o Senado aprovou, ontem, um projeto que modifica as idades para dependentes no Imposto de Renda (IR), alterando dos atuais 21 anos para 28. Sendo que esta idade sobe para 32 anos caso o dependente curse faculdade ou qualquer escola técnica.
Anteriormente a idade limite, já dentro do cumprimento daquela qualidade, era de 24 anos. Agora o projeto irá para a Câmara de Deputados e sendo aprovado entra imediatamente em vigor.
Tal projeto é de autoria do Deputado Neudo de Conto, que não deve ter muita consciência do que está apresentando aos seus pares. Por certo deve estar legislando em causa própria e/ou queira beneficiar alguns dos seus, com certeza. Mesmo não sabendo que tal ideia representa, na verdade, "um tiro no próprio pé", para usar um jargão muito conhecido quando se comete um ato falho e que prejudique a própria pessoa.
E por que digo isso? Simples. Porque é uma coisa totalmente fora de propósito, alongar uma situação como essa, haja vista que uma pessoa com mais de 21 anos e, como é o caso, com 32, já está mais do que na hora de levar a sua vida pelos seus próprios meios. Ou seja: Uma pessoa nessas idades já deve assumir seus próprios compromissos, independente de ter ou não os pais que lhe possa proporcionar uma vida naquilo que classificamos como "maré mansa".
Muito se fala sobre o tal de "custo Brasil". E esta circunstância, por certo, reforçará esta ideia. Isso porque os pais arcarão com os custos da manutenção de seus filhos em idades adultas, por mais tempo do que o necessário e o esperado. Trazendo-lhes, com isso, um maior desgaste físico, emocional e financeiro, sem dúvidas.
Por outro lado, é necessário que se diga que uma pessoa em idade adulta, a partir de 21 anos, já tem quase que uma obrigação de se ver por si mesma e não viver às custas dos pais, mesmo que cursando uma faculdade.
Óbvio é que tal situação só será exercida por aqueles que possuam situações financeiras e econômicas de alto padrão. Porque uma grande parte das famílias neste país, deve ter que contar com a ajuda de filhos na manutenção delas, onde uma parte dos custos das mesmas também serão arcados por esses próprios filhos, através de seus trabalhos profissionais em empregos constituídos.
Do que entendo de vida e viver, penso ser essa ideia totalmente fora de propósito. Porque retarda ao filho a consciência da responsabilidade na vida, fazendo-o dependente até uma idade onde já deveria tê-la. E isso é um fator ao qual muito me apego para tentar entender muitas das dificuldades que os pais têm hoje em dia, em custear as despesas de seus filhos, mesmo em condições normais de temperatura e pressão, como se diz por aí.
Por fim, um outro aspecto que percebo é que se está querendo formar uma nova classe de privilegiados. Mesmo que por conta de cada família, no plano privado, mas que repercutirá negativamente no futuro.
E sem querer me arvorar em profecias, é deixar o tempo passar para ver o que vai dar.
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