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sábado, 24 de agosto de 2013

A ONIPOTÊNCIA INDEVIDA DESSA GENTE

     Os gestores públicos cariocas - quiçá os brasileiros em geral - parecem desconhecer os limites de seus poderes quando em exercício de seus mandatos, funções ou cargos na área pública. Agem como se dono do poder fossem, não respeitando limites. Tomam decisões de forma unilateral e absoluta, subestimando aos cidadãos-contribuintes brasileiros, que ficam quietos e impassíveis com tantas mazelas.                               (Porto Maravilha)
     Como é sabido, no Rio de Janeiro está sendo efetuado uma série de interferências nas vias e logradouros de uma parte da cidade, principalmente na área da Rodoviária e Centro, visando melhorar o fluxo de trânsito e tráfego de veículos nestas áreas. Tais alterações e mudanças se dão em função de futuros eventos que acontecerão na cidade em 2014 e 2016, respectivamente.
     Mas, paralelamente a isso, o Prefeito resolveu alterar a configuração da visão que o Elevado da Perimetral possui, dificultando e enfeiando a região que ocupa, bloqueando a visibilidade da Baía de Guanabara, não permitindo a ninguém ver a beleza daquela paisagem, em função de sua existência ali naquele local. Isto tudo segundo ele pensa.
  (Túnel Binário)
     Com isso, projetou um outro trajeto, construindo um túnel que ligará a região da Rodoviária até à Praça Mauá, com alongamento até à Candelária e ao acesso do Aterro do Flamengo, garantindo que isso melhorará o fluxo de veículos nessas regiões. E criará novos acessos - em ambos os sentidos - com a Avenida Brasil, aproveitando um projeto do tempo do Governo do Sr. Carlos Lacerda, no famoso Plano Doxiadis (Policromático). E tudo isso provocará a derrubada daquele elevado no ano que vem.
     As consultas feitas pelo Governo aos órgãos pertinentes às autorizações destas obras, segundo alguns contrários à elas, não dão respaldo completo à essas alterações. Mas mesmo assim o Prefeito dá andamento às obras, garantindo que tudo será e sairá perfeito como foi planejado.
     No entanto, se as interferências promovidas naquelas regiões não derem certo e, apenas, transferirem os problemas de trânsito de lugar, quem será responsabilizado por elas? E, ao mesmo tempo, quem arcará com a conta desse prejuízo público, bem como com todo o custo de uma obra inócua?
     Infelizmente, sabemos que a justiça brasileira não age da forma como deveria em casos como esses. E em casos gerais, também. Os infratores acabam ilesos de suas responsabilidades, onde as contas só terão um responsável a pagar: o cidadão-contribuinte. Que somos todos nós, os brasileiros.
     Nesses últimos tempos temos assistido uma parte da população manifestar-se contrariamente à várias situações, indo para as ruas em protestos. Mas até agora ainda não se viu resultados satisfatórios à essas manifestações. A oportunidade valiosa que o povo terá ano que vem, com as eleições, talvez permita que se inicie as mudanças que precisamos pôr em prática nesse país. Mas aí é necessário o exercício de uma conscientização apurada por parte do eleitor, sabendo escolher os candidatos que possam começar tais mudanças nas mazelas milhares que temos sofrido e assistido nessas últimas décadas.
      Enfim, é esperar para ver isso acontecer. 
 

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