Quase sempre os teores dos artigos que são publicados neste espaço carregam uma gama de acidez, contundência, críticas e que tais. Mas, mesmo que eventualmente, se faz necessário aliviar a barra, não é? Afinal, a mente e o espírito precisam de uma folga. E assim é que aproveitarei o texto de hoje para falar de amenidades. Mas com justiça.
É que ontem, fui almoçar com um amigo lá no Bairro da Urca, onde vou com certa frequência. Mas vou logo avisando, não foi para ver o Roberto Carlos, que mora lá. Vou lá porque é um lugar especial. Apesar dos muitos problemas que possui, mesmo assim vale um passeio naquelas imediações.
O restaurante não é luxuoso, é simples. Digamos que seja popular porque a Urca parece um lugarejo do interior, guardando as devidas proporções, é uma área nobre mas lá as pessoas se conhecem e formam um grupo de amigos, praticamente. Aí o convívio fica muito amistoso entre todos.
E ao acabarmos de almoçar eu e o meu amigo ficamos por ali no calçadão conversando, colocando o papo em dia, como dizem. E neste calçadão a visão da Baía de Guanabara, com o Cristo Redentor ao fundo, é um verdadeiro cartal postal. E só aumenta o prazer de se estar ali.
Mas ocorreu um episódio interessante, envolvendo um Guarda Municipal e um dos moradores de lá. Este, inadvertidamente, estacionou seu carro na porta da padaria que ali existe, foi comprar algo para si. Mas para isso, colocou o veículo com duas rodas sobre a calçada. E diga-se que a rua é estreita, dificultando o tráfego de veículos. Inclusive passa por ali, ônibus e caminhões de entrega.
Então o Guarda Municipal, que se chama Mauro, mas se alguém o chamar assim é bem possível que ele nem atenda, porque ficou conhecido como "Bigode". E é assim que quase todo mundo lhe trata. Dirigiu-se ao local onde o veículo estava mal estacionado e reclamou com seu proprietário, que estava saindo da padaria em direção ao mesmo.
Então o guarda, de forma educada, repreendeu-o, chamando-o a atenção para o deslize, solicitando que o mesmo retirasse dali o veículo em infração. No que o motorista reagiu com maus modos, não aceitando a repreensão do guarda. Este não disse mais nada, anotou a placa do carro numa prancheta que carrega para esse tipo de ação, dizendo ao infrator que o puniria por causa da grosseria com ele. O "Bigode"
O sujeito, então, foi embora, e o guarda ficou por ali, e até chegamos a conversar sobre o ocorrido. E deu pra notar que o mesmo ficara também contrariado, afirmando que a pessoa, por ser moradora da região, deveria, sim, dar o exemplo e não cometer tal falta. E eu e o meu amigo ainda o elogiamos pela postura serena e equilibrada com o sujeito. E nisto se passaram alguns
minutos.
E eis que de repente, quem surge ali de novo? Esta resposta é fácil para todos, não é? Sim! O morador que havia discutido com o guarda municipal. E veio a pé. Aproximou-se do mesmo, pedindo-lhe para lhe falar. O "Bigode", naturalmente, deu-lhe a atenção que pedia. E, com espanto, todos vimos quando o sujeito desculpou-se com o guarda, pedindo que relevasse a sua reação animosa, dizendo que estava atravessando problemas familiares e aquilo o havia desviado de uma boa conduta.
O surpreendente foi que o "Bigode" lhe sorriu, desculpou-o, mas relembrou a ele a reprimenda que lhe havia passado pelo mau ato cometido. E disse-lhe que ficava muito satisfeito com a reação dele e que não passaria para o bloco de autuação a placa do infrator.
Daí que deu o caso por encerrado, retirando-se para outra área do bairro, com o cenho de alguém satisfeito e feliz, por ter mais uma vez cumprido com o seu dever, o que faz com muito zelo ali. E ele é uma unanimidade entre os moradores do bairro da Urca, que o tratam como se fosse da família Urquense.
Ele, com os seus procedimentos corretos, serve de exemplo para os demais. Dignificando a corporação e seus companheiros. Aplausos para o "Bigode"!
É que ontem, fui almoçar com um amigo lá no Bairro da Urca, onde vou com certa frequência. Mas vou logo avisando, não foi para ver o Roberto Carlos, que mora lá. Vou lá porque é um lugar especial. Apesar dos muitos problemas que possui, mesmo assim vale um passeio naquelas imediações.
O restaurante não é luxuoso, é simples. Digamos que seja popular porque a Urca parece um lugarejo do interior, guardando as devidas proporções, é uma área nobre mas lá as pessoas se conhecem e formam um grupo de amigos, praticamente. Aí o convívio fica muito amistoso entre todos.
E ao acabarmos de almoçar eu e o meu amigo ficamos por ali no calçadão conversando, colocando o papo em dia, como dizem. E neste calçadão a visão da Baía de Guanabara, com o Cristo Redentor ao fundo, é um verdadeiro cartal postal. E só aumenta o prazer de se estar ali.
Mas ocorreu um episódio interessante, envolvendo um Guarda Municipal e um dos moradores de lá. Este, inadvertidamente, estacionou seu carro na porta da padaria que ali existe, foi comprar algo para si. Mas para isso, colocou o veículo com duas rodas sobre a calçada. E diga-se que a rua é estreita, dificultando o tráfego de veículos. Inclusive passa por ali, ônibus e caminhões de entrega.
Então o Guarda Municipal, que se chama Mauro, mas se alguém o chamar assim é bem possível que ele nem atenda, porque ficou conhecido como "Bigode". E é assim que quase todo mundo lhe trata. Dirigiu-se ao local onde o veículo estava mal estacionado e reclamou com seu proprietário, que estava saindo da padaria em direção ao mesmo.
Então o guarda, de forma educada, repreendeu-o, chamando-o a atenção para o deslize, solicitando que o mesmo retirasse dali o veículo em infração. No que o motorista reagiu com maus modos, não aceitando a repreensão do guarda. Este não disse mais nada, anotou a placa do carro numa prancheta que carrega para esse tipo de ação, dizendo ao infrator que o puniria por causa da grosseria com ele. O "Bigode"
O sujeito, então, foi embora, e o guarda ficou por ali, e até chegamos a conversar sobre o ocorrido. E deu pra notar que o mesmo ficara também contrariado, afirmando que a pessoa, por ser moradora da região, deveria, sim, dar o exemplo e não cometer tal falta. E eu e o meu amigo ainda o elogiamos pela postura serena e equilibrada com o sujeito. E nisto se passaram alguns
minutos.
E eis que de repente, quem surge ali de novo? Esta resposta é fácil para todos, não é? Sim! O morador que havia discutido com o guarda municipal. E veio a pé. Aproximou-se do mesmo, pedindo-lhe para lhe falar. O "Bigode", naturalmente, deu-lhe a atenção que pedia. E, com espanto, todos vimos quando o sujeito desculpou-se com o guarda, pedindo que relevasse a sua reação animosa, dizendo que estava atravessando problemas familiares e aquilo o havia desviado de uma boa conduta.
O surpreendente foi que o "Bigode" lhe sorriu, desculpou-o, mas relembrou a ele a reprimenda que lhe havia passado pelo mau ato cometido. E disse-lhe que ficava muito satisfeito com a reação dele e que não passaria para o bloco de autuação a placa do infrator.
Daí que deu o caso por encerrado, retirando-se para outra área do bairro, com o cenho de alguém satisfeito e feliz, por ter mais uma vez cumprido com o seu dever, o que faz com muito zelo ali. E ele é uma unanimidade entre os moradores do bairro da Urca, que o tratam como se fosse da família Urquense.
Ele, com os seus procedimentos corretos, serve de exemplo para os demais. Dignificando a corporação e seus companheiros. Aplausos para o "Bigode"!
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