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terça-feira, 28 de abril de 2015

PREÇOS

     Há muito tempo venho conjecturando a respeito do assunto que segue. Refiro-me aos preços que são praticados em nosso país.
      Digamos que com certa frequência, vemos estampadas nas notícias diárias as distorções de preços que são cobrados a nós, desde um simples pão francês até um automóvel. E com relação a este, sabemos que os nossos preços são escorchantes ao extremos, se comparados com o de alguns estabelecidos em outros países.
     A diferença entre os preços automobilísticos cobrados no Brasil e no exterior, é um fator altamente distorcido. E tal fato se agrava em função da diferença do poder aquisitivo entre nós e eles. Resumindo: ganhamos muito menos e pagamos muito mais pela aquisição de um automóvel.
     Mas existem certas mercadorias que exorbitam de uma forma vergonhosa. Por exemplo: um cartucho de impressora. Como é que se pode pagar cerca de R$30,00 por um deles com conteúdo de 2 mml? Daí que se formos comparar com um litro dessa substância, o mesmo alcançará o valor de R$15.000,00. É ou não é um tremendo absurdo?
      E a impressão que se tem é que ninguém repara para um detalhe como esse. E isso se aplica a muitos produtos que são produzidos e vendidos a nós nesse nosso cotidiano. E outra coisa: muita gente reclama do preço cobrado em um litro de gasolina ou álcool. E é necessário dizer que os preços desses produtos em nosso país são exorbitantes, também. Mas nem se compara com o primeiro produto citado.
      Será que existe tanta tecnologia no líquido que é usado num cartucho de impressora, que possa suplantar à produção petrolífera, por exemplo? É claro que não. O que acontece é que o brasileiro não alcançou o nível de desenvolvimento dos povos do primeiro mundo. Por isso é vilipendiado diuturnamente.
      Mas o que aqui se expõe, é só uma gota d'água no universo dos absurdos que acontecem em nossa nação. E as causas e razões são muitas. E uma delas pode ser atribuída à falta de concentração no trabalho. Isto porque uma grande parte do povo trabalha como se fosse obrigado a fazê-lo. E não de uma forma consciente e concentrada. E é por isso que esta mesma maioria adora feriados. E que venham numa terça ou sexta feiras. Aí, cria-se o famoso "jeitinho" do enforcamento dos dias espremidos entre o feriado e o final de semana. 
    Enfim, essa questão é muito mais profunda do que possa imaginar a nossa vã filosofia. Daí que é melhor parar por aqui, senão vou é arrumar uma encrenca com isso.

*Em tempo: faz-se necessária uma pequena observação no tocante ao custo do cartucho de impressora. Porque se sabe que não é o líquido, propriamente dito, que representa o valor do mesmo. Mas, de qualquer forma, o preço dele poderia ser mais em conta em se tratando de mercado brasileiro. E também se sabe que nós andamos realimentando os cartuchos quando esvaziam, ao invés de adquirirmos outro.

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