Nesses últimos dias a palavra que mais se tem ouvido em reportagens diárias é o termo "legado". E qualquer um pode buscar na internet ou em outro lugar o seu significado. Mas para facilitar, explica-se: Legado é quando um bem, ou vários deles, são deixados para uma pessoa, ou várias delas, que não são herdeiras, quando o proprietário original falece, então ele deixa todo, ou parte, do seu legado para alguém, que pode ser da família ou não.
E tem se ouvido com muita ou certa frequência que as obras que estão se realizando na cidade do Rio de Janeiro, derivadas da Copa do Mundo de 2014 e da futura realização das Olimpíadas 2016, é um legado para a população de nossa cidade, ao término delas.
Partindo-se do entendimento de que isto seria um fato muito marcante na vida de todos nós, os moradores desta cidade, caberia aqui algumas reflexões a respeito, porque se considerássemos a Prefeitura do Rio como a nossa benfeitora, e que esta estivesse buscando nos trazer comodidades, bem estar e progresso com tal legado, pelo que se anda vendo acontecer em muitas regiões da cidade, seria um tremendo presente de grego, isto sim.
As nossas vidas transformaram-se num tremendo inferno, a bem da verdade. E não há praticamente nenhum lugar nessa cidade onde se possa transitar ou trafegar com naturalidade, tais são as dificuldades que encontramos nesses trajetos.
E para quem mora nas adjacências das vias do BRT, então, a coisa degringolou de vez. Numa parte da Zona da Leopoldina, em Madureira e em Jacarepaguá, estreitaram-se as vias onde os demais veículos transitam, espremendo-os de uma forma inaceitável, dificultando o deslocamento de todos. Isso sem contar as dificuldades das populações daquelas regiões em locomover-se por ali, tendo que dar voltas grandiosas em se deslocar de um lugar para outro, devido as dificuldades nos retornos que existem e que são poucos, no caso.
Partindo de um entendimento de que esse legado seria de pai para filhos, a figura aqui seria mais de um padrasto do que outra coisa. Porque todos sabemos que as relações entre um e outro nunca foram tão fraternas e nem afetuosas, segundo conta a sabedoria popular, nessas situações.
Assim, só podemos entender que a situação dos cariocas, em geral, se enquadrará numa só circunstância. É um tremendo castigo a que estaremos subjugados, sem que tenhamos feito nada para recebê-lo, e ao qual teremos que absorver (e aceitar), queiramos ou não, em nosso presente e em nosso futuro, doravante.
Sob o aspecto do progresso na cidade, já passamos por outros exemplos, como o da Rio-92, onde se prometeram mil e uma vantagens e quase nada aconteceu dentro dessas promessas. O mesmo se deu com o evento do Panamericano de 2007. O legado dessas épocas também foram outros presentes de gregos, sim.
Desta forma, só podemos concluir que todas e quaisquer benfeitorias que se pretendam realizar nesta cidade (e no país), vêm de forma indireta para o povo. Nunca nada é feito de forma direta para ele. Pensa-se, primeiro, no bem estar dos estrangeiros que aqui virão ou estarão. O nosso povo é mera contingência nesses casos. Fazer o quê?
E tem se ouvido com muita ou certa frequência que as obras que estão se realizando na cidade do Rio de Janeiro, derivadas da Copa do Mundo de 2014 e da futura realização das Olimpíadas 2016, é um legado para a população de nossa cidade, ao término delas.
Partindo-se do entendimento de que isto seria um fato muito marcante na vida de todos nós, os moradores desta cidade, caberia aqui algumas reflexões a respeito, porque se considerássemos a Prefeitura do Rio como a nossa benfeitora, e que esta estivesse buscando nos trazer comodidades, bem estar e progresso com tal legado, pelo que se anda vendo acontecer em muitas regiões da cidade, seria um tremendo presente de grego, isto sim.
As nossas vidas transformaram-se num tremendo inferno, a bem da verdade. E não há praticamente nenhum lugar nessa cidade onde se possa transitar ou trafegar com naturalidade, tais são as dificuldades que encontramos nesses trajetos.
E para quem mora nas adjacências das vias do BRT, então, a coisa degringolou de vez. Numa parte da Zona da Leopoldina, em Madureira e em Jacarepaguá, estreitaram-se as vias onde os demais veículos transitam, espremendo-os de uma forma inaceitável, dificultando o deslocamento de todos. Isso sem contar as dificuldades das populações daquelas regiões em locomover-se por ali, tendo que dar voltas grandiosas em se deslocar de um lugar para outro, devido as dificuldades nos retornos que existem e que são poucos, no caso.
Partindo de um entendimento de que esse legado seria de pai para filhos, a figura aqui seria mais de um padrasto do que outra coisa. Porque todos sabemos que as relações entre um e outro nunca foram tão fraternas e nem afetuosas, segundo conta a sabedoria popular, nessas situações.
Assim, só podemos entender que a situação dos cariocas, em geral, se enquadrará numa só circunstância. É um tremendo castigo a que estaremos subjugados, sem que tenhamos feito nada para recebê-lo, e ao qual teremos que absorver (e aceitar), queiramos ou não, em nosso presente e em nosso futuro, doravante.
Sob o aspecto do progresso na cidade, já passamos por outros exemplos, como o da Rio-92, onde se prometeram mil e uma vantagens e quase nada aconteceu dentro dessas promessas. O mesmo se deu com o evento do Panamericano de 2007. O legado dessas épocas também foram outros presentes de gregos, sim.
Desta forma, só podemos concluir que todas e quaisquer benfeitorias que se pretendam realizar nesta cidade (e no país), vêm de forma indireta para o povo. Nunca nada é feito de forma direta para ele. Pensa-se, primeiro, no bem estar dos estrangeiros que aqui virão ou estarão. O nosso povo é mera contingência nesses casos. Fazer o quê?
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