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domingo, 5 de abril de 2015

EIS A QUESTÃO (PURA REFLEXÃO)

     Hoje é o Domingo de Páscoa. Para os Católicos é um dia muito especial porque é a comemoração da ressurreição de Cristo ao terceiro dia, um ato e gesto muito representativo para eles.
     Mas ao ler um texto de um colega, vi-me de certa forma surpreendido, pelo menos, ao vê-lo contar algumas passagens as quais até vivenciou, onde as pessoas, hoje em dia, mudaram totalmente o teor da comemoração desse dia.
     E como todos sabem, criou-se uma situação engraçada, com o advento do ovo de páscoa. Óbvio é que há uma explicação para isso mas não se vai perder tempo com ela. O mais importante é ressaltar que uma coisa não tem nada a ver com a outra. Este produto tornou-se, sem sombras de dúvidas, numa febre consumista, dentre muitas outras que existem por aí.
     Conta o referido autor em seu texto que, passando por uma rua no centro de uma capital brasileira, Aracaju, deparou-se com uma fila extensa na calçada, de gente aguardando a sua vez para comprar o tal de ovo de páscoa. E chegava a assustar e/ou admirar a quantidade delas nessa fila.
     Também relata um outro episódio numa outra loja, onde assistiu à várias pessoas, a maioria mulheres, engalfinhando-se entre si, na disputa de um desses produtos, o que no final, pela pendenga, os mesmos ficaram no chão estragados e destruídos, não havendo nenhuma condição de nenhuma delas levá-los para casa.
     Isso só caracteriza uma coisa: Que o espírito primeiro de um Domingo de Páscoa, foi totalmente mudado. Abandonaram-se aquele sentimento de humildade e amor entre as pessoas, transformando-o num dia de puro mercantilismo e consumo. E mais nada.
     E assim se tem ocorrido com muitas das efemérides que se comemoram num ano, tais como o Dia dos Pais, o Das mães, dentre outros, o que também transformaram em dias de puro lucro financeiro. A essência pura desses dias ficou para trás, abandonada. 
     Talvez seja por isso que o mundo já não é mais como era. A frieza entre as pessoas é uma ação iminente, promovendo, de certa forma, o distanciamento entre elas. E isso anda gerando é confronto entre as mesmas. Porque já não há o instinto de amizade e fraternidade que havia até um passado recente.
     Mas o interessante é buscar descobrir por que tais coisas aconteceram e estão acontecendo nesses nossos dias atuais? E quem o descobrir, com certeza, atrairá para si a atenção de todos, porque a humanidade já não consegue enxergar-se. E se alguém não se enxerga, como é que enxergará o seu semelhante?
     Eis a questão.

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