E quando não se tem do que falar, pelo menos em termos de objetividade, fala-se de subjetividade. E, neste caso, falar-se-á de Ed Mota. O erudito. Ou pretenso, no caso. Porque ele tirou muita gente do sério algum tempo atrás, quando danou a falar mal do brasileiro. A impressão que nos deu é a de que deixou o sucesso subir-lhe à cabeça.
Mas há a necessidade de alguém dizer-lhe que ele nem é assim, tanto. Porque se não fosse o seu tio, Tim Maia, ele, provavelmente não teria chegado até onde chegou. E que isso fique muito bem determinado.
É claro que nós, seres humanos, escolhemos nosso rumo, nosso caminho. E também as prerrogativas e perspectivas que nos são interessantes. E ele assim o fez. Buscou aculturar-se além daquilo que a média dos brasileiros consegue, digamos. Mas daí a querer achar-se o tal, vai uma diferença muito grande.
Artisticamente ele não é nenhuma Brastemp. Força uma tremenda barra em querer alcançar um nível e uma qualidade que não tem e nem consegue ter. E uma delas é no aspecto da exploração vocal em suas músicas e interpretações. Do que observei, ele tenta certas performances que vemos de forma natural em artistas como Al Jarreau, que é um fenômeno em termos de vocalidade. Sabe trabalhar a variação na voz de uma forma excepcional. E o faz com naturalidade, sem forçação de barra alguma. O que não é o caso do Ed.
E numa matéria do Jornal O Globo, numa entrevista ao Arnaldo Bloch, ele tenta e busca consertar o estrago que causou à sua pessoa, naquela oportunidade em que chutou o pau da barraca, desqualificando seu próprio povo. Ou parte dele, digamos.
Eu sou possuidor de um acervo musical muito grande, onde possuo mais de dois mil Long Plays, LP, os famosos bolachões, dos quais não me desfaço de jeito nenhum. Mas acreditem se quiserem: dentre eles não há um só do Ed Mota. E nem me perguntem o porquê disso. Só sei dizer que ele não conseguiu e nem consegue mexer com a minha sensibilidade musical.
Mas é necessário dizer que acostumei-me a ouvir artistas como: James Taylor, Carole King, The Beatles, Stevie Wonder, Luther Vandross e Teddy Pendergrass, dentre muitos outros.
E também, no plano nacional, acostumei-me com Ivan Lins, Beto Guedes, Fátima Guedes, Leila Pinheiro, dentre outros também excelentes. Mas que o Ed Mota me desculpe, não consegue aproximar-se desses citados, de jeito nenhum.
Então, foi assim que espantei-me com aquela atitude dele, em menosprezar sua própria terra, bem como seu povo, achando-se muito mais do que é. E que agora, não se sabe por que cargas d'água, tenta reverter a péssima situação que criou naquela oportunidade.
Por fim, uma única vez que o vi apresentar-se tocando violão, o achei ruim demais. Onde retirava a sonoridade do instrumento, numa atuação bem peculiar a si. Ou seja: tocando de uma forma bem particular. E quem já assistiu ao Toquinho tocar esse mesmo instrumento, mesmo sendo leigo em música, sabe muito bem definir a diferença de qualidade em tocá-lo. E o Ed Mota só pode tirar onda comigo. Porque eu não toco coisa nenhuma e/ou alguma.
Agora, é torcer para que ele consiga enxergar-se em sua verdadeira essência, passando a limitar-se a ser uma pessoa simples, deixando a prepotência e a arrogância de lado. Mas também que não se sinta tão, assim, presunçoso em ser aquilo que não é. Por favor !!!
Nenhum comentário:
Postar um comentário