Salário médio do brasileiro aumentou 2,4% de 2010 para 2011
24/05/2013 -
10h12
Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O salário médio mensal do brasileiro aumentou 2,4%, em termos reais, entre 2010 e 2011, ficando em R$ 1.792,61 (3,3 salários mínimos). Já o total de salários e outras remunerações aumentou 8%. Os dados fazem parte das Estatísticas do Cadastro Central de Empresas (Cempre) 2011, divulgada hoje (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A matéria acima foi retirada do site www.agenciabrasil.ebc.com.br, apenas com o intuito de abordar um tema muito complexo que é a remuneração do brasileiro, seus gastos e seus custos mensais.
Os dados estão meio confusos porque a matéria data de 14/05/2013, citando valores relativos ao ano de 2011. Mas a título de objetividade, reajustaremos o valor de R$1.792,61, correspondente a 3,3 salários mínimos, e pegaremos o salário mínimo vigente hoje, R$678,00 e adotaremos o resultado como base do que se quer demonstrar: R$2.237,40.
E aqui caberá uma pergunta: Quantas pessoas que estão nessa faixa de remuneração possuem automóvel? A resposta é difícil de dar. Ao mesmo tempo, é quase impossível de se apurar tal situação porque existem muitas minúcias nas transações que envolvem aquisição de carro junto à uma loja automotiva ou concessionária autorizada de qualquer linha. E eu, que atuei durante muito tempo em concessionárias de veículos, apesar de que era na área de Recursos Humanos, mas vi muito vendedor preencher fichas de cadastro, aumentando consideravelmente a faixa remuneratória do comprador. Inclusive com confecção de recibo de pagamento salarial fajuto, só com o fim de aprovar o cadastro do comprador do veículo.
Quero acreditar que tais operações, hoje, sejam difíceis, ou mais difíceis de se concretizar. Mas há mais de 30 anos, isso era feito, sim. E de uma forma muito natural, diga-se de passagem. Mas o teor da matéria não é exatamente sobre isso.
O que quero abordar é o fato de que o brasileiro tira muita onda, sim. Seja lá o que isso queira dizer, mas sabendo, desde já, que todos têm a exata noção do que se quer dizer. Por exemplo: No restaurante em que almoço com muita frequência na semana, apesar de não ser nenhuma Brastemp, atende o que classificaríamos de pessoas de bom nível. Mas que lá, possuindo duas modalidades de atendimento, provoca a presença de clientes de baixa renda, que lá comparecem para comer no sistema de prato feito (PF), ao custo de R12,00 por pessoa. Sendo que na outra modalidade o quilo da refeição gira em torno de R25,00.
Há uma certa regra para ambos os pratos. O primeiro limita as carnes em dois pedaços, apenas. E quem almoça por quilo, serve-se à vontade e paga o peso que der o prato cheio (ou com a comida escolhida).
Nunca soube da média do peso de cada prato a quilo. Mas suponhamos que gire em torno de 500 gramas. Isto daria um valor de R12,50. Com a observação do seguinte: do que observo no prato das pessoas que usam pesar a comida, os pratos geralmente contém pouca comida. Quero acreditar que em média dê por volta de uns R8,00 cada prato pesado.
Já na outra modalidade, como dito, o prato fica em R12,00 reais. Sendo que, de especial, a maioria dos que almoçam nessa modalidade, pertencem ao grupo de trabalhadores em serviços pesados. E isto se nota facilmente pelos uniformes que trajam nesse horário. E às vezes com as roupas sujas de graxa, poeira e/ou tinta. Mas o proprietário do restaurante não observa essa situação. Então, aí, os demais clientes, são de escritórios, bancos e/ou outros ambientes mais limpos.
Mas o fator principal nessa matéria tem a ver com o custo do almoço de cada um dos que ali se apresentam para almoçar quase que diariamente. Numa conta rápida, vamos supor que cada um deles almoce durante 22 dias no mês, perfazendo o valor de R264,00. E que no caso do pessoal que trabalhe em serviços pesados, a média de seus ganhos mensais não alcance valores superiores a R$1.000,00. E isto quer dizer que o percentual da comida que comem fica em torno de 26,4% da remuneração dessa gente.
É um percentual muito representativo, se comparados aos salários que essa mesma gente ganha. Isso porque a previdência social retira a sua parcela muito antes de tudo, aí ficando mais desproporcional ainda tais valores.
Isso incide dizer que a maioria deles, se tivesse discernimento e bom senso, traria de casa a sua comida de almoço, naquilo que é popularmente chamada de marmita. Mas é aí que entra o fator principal: quase todo mundo diz sentir vergonha de levar/trazer marmita. Acham depreciativa em suas imagens. Daí que preferem arcar com os custos maiores e ver suas remunerações diminuídas ao final do mês.
E isso é praticamente uma marca registrada do brasileiro. Ele prefere parecer a ser. E para completar, só quer usar coisa de marca: Tênis, camisa, etc. E isso sem contar com o famoso celular na cintura. Tem que ser aquele mais caro, sim. Mesmo que se coloque crédito uma vez no semestre. E para isso ele mesmo, o brasileiro, já denominou o seu celular de pai de santo: só recebe.
Então, sem que alguém coloque a carapuça ao ler essa matéria, vou ficando por aqui. Mas, por favor, não engrossem comigo.
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O salário médio mensal do brasileiro aumentou 2,4%, em termos reais, entre 2010 e 2011, ficando em R$ 1.792,61 (3,3 salários mínimos). Já o total de salários e outras remunerações aumentou 8%. Os dados fazem parte das Estatísticas do Cadastro Central de Empresas (Cempre) 2011, divulgada hoje (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A matéria acima foi retirada do site www.agenciabrasil.ebc.com.br, apenas com o intuito de abordar um tema muito complexo que é a remuneração do brasileiro, seus gastos e seus custos mensais.
Os dados estão meio confusos porque a matéria data de 14/05/2013, citando valores relativos ao ano de 2011. Mas a título de objetividade, reajustaremos o valor de R$1.792,61, correspondente a 3,3 salários mínimos, e pegaremos o salário mínimo vigente hoje, R$678,00 e adotaremos o resultado como base do que se quer demonstrar: R$2.237,40.
E aqui caberá uma pergunta: Quantas pessoas que estão nessa faixa de remuneração possuem automóvel? A resposta é difícil de dar. Ao mesmo tempo, é quase impossível de se apurar tal situação porque existem muitas minúcias nas transações que envolvem aquisição de carro junto à uma loja automotiva ou concessionária autorizada de qualquer linha. E eu, que atuei durante muito tempo em concessionárias de veículos, apesar de que era na área de Recursos Humanos, mas vi muito vendedor preencher fichas de cadastro, aumentando consideravelmente a faixa remuneratória do comprador. Inclusive com confecção de recibo de pagamento salarial fajuto, só com o fim de aprovar o cadastro do comprador do veículo.
Quero acreditar que tais operações, hoje, sejam difíceis, ou mais difíceis de se concretizar. Mas há mais de 30 anos, isso era feito, sim. E de uma forma muito natural, diga-se de passagem. Mas o teor da matéria não é exatamente sobre isso.
O que quero abordar é o fato de que o brasileiro tira muita onda, sim. Seja lá o que isso queira dizer, mas sabendo, desde já, que todos têm a exata noção do que se quer dizer. Por exemplo: No restaurante em que almoço com muita frequência na semana, apesar de não ser nenhuma Brastemp, atende o que classificaríamos de pessoas de bom nível. Mas que lá, possuindo duas modalidades de atendimento, provoca a presença de clientes de baixa renda, que lá comparecem para comer no sistema de prato feito (PF), ao custo de R12,00 por pessoa. Sendo que na outra modalidade o quilo da refeição gira em torno de R25,00.
Há uma certa regra para ambos os pratos. O primeiro limita as carnes em dois pedaços, apenas. E quem almoça por quilo, serve-se à vontade e paga o peso que der o prato cheio (ou com a comida escolhida).
Nunca soube da média do peso de cada prato a quilo. Mas suponhamos que gire em torno de 500 gramas. Isto daria um valor de R12,50. Com a observação do seguinte: do que observo no prato das pessoas que usam pesar a comida, os pratos geralmente contém pouca comida. Quero acreditar que em média dê por volta de uns R8,00 cada prato pesado.
Já na outra modalidade, como dito, o prato fica em R12,00 reais. Sendo que, de especial, a maioria dos que almoçam nessa modalidade, pertencem ao grupo de trabalhadores em serviços pesados. E isto se nota facilmente pelos uniformes que trajam nesse horário. E às vezes com as roupas sujas de graxa, poeira e/ou tinta. Mas o proprietário do restaurante não observa essa situação. Então, aí, os demais clientes, são de escritórios, bancos e/ou outros ambientes mais limpos.
Mas o fator principal nessa matéria tem a ver com o custo do almoço de cada um dos que ali se apresentam para almoçar quase que diariamente. Numa conta rápida, vamos supor que cada um deles almoce durante 22 dias no mês, perfazendo o valor de R264,00. E que no caso do pessoal que trabalhe em serviços pesados, a média de seus ganhos mensais não alcance valores superiores a R$1.000,00. E isto quer dizer que o percentual da comida que comem fica em torno de 26,4% da remuneração dessa gente.
É um percentual muito representativo, se comparados aos salários que essa mesma gente ganha. Isso porque a previdência social retira a sua parcela muito antes de tudo, aí ficando mais desproporcional ainda tais valores.
Isso incide dizer que a maioria deles, se tivesse discernimento e bom senso, traria de casa a sua comida de almoço, naquilo que é popularmente chamada de marmita. Mas é aí que entra o fator principal: quase todo mundo diz sentir vergonha de levar/trazer marmita. Acham depreciativa em suas imagens. Daí que preferem arcar com os custos maiores e ver suas remunerações diminuídas ao final do mês.
E isso é praticamente uma marca registrada do brasileiro. Ele prefere parecer a ser. E para completar, só quer usar coisa de marca: Tênis, camisa, etc. E isso sem contar com o famoso celular na cintura. Tem que ser aquele mais caro, sim. Mesmo que se coloque crédito uma vez no semestre. E para isso ele mesmo, o brasileiro, já denominou o seu celular de pai de santo: só recebe.
Então, sem que alguém coloque a carapuça ao ler essa matéria, vou ficando por aqui. Mas, por favor, não engrossem comigo.
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