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sábado, 19 de março de 2016

A CARA DE PAU DESSA GENTE É ENORME

    O episódio que envolveu a divulgação da conversa entre Lula e Eduardo Paes, prefeito da cidade do Rio de Janeiro, deixa claro uma só situação: a população brasileira não tem ainda consciência política, principalmente na hora de votar. Porque do que se viu nessa conversa, foi a verdadeira expressão de quem eles são e como são. Pessoas vulgares. Mesmo que tenham alcançado níveis representativos que poucos o conseguirão.
    Como é que pode um ex-presidente e o prefeito de uma das cidades mais importantes do país trocarem termos da forma como o fizeram? Inclusive o uso de termos baixos, palavras de baixo calão, dando a todos a impressão de que estavam numa determinada esquina de algum lugar, conversando como colegas de turma de peladas.
    Agrava-se aí tal circunstância quando se ouve as muitas críticas que fazem à outras pessoas, bem como o prefeito ridiculariza uma cidade, Maricá-RJ, dentre outros lugares também,fazendo pouco deles e de suas populações. Isso é simplesmente o fim da picada. E é bom que todos anotem em seus cadernos tal episódio, para dar o troco numa eleição futura em que ambos forem candidatos.
    Depois da divulgação da conversa, o prefeito tenta desculpar-se e se diz arrependido da falha. Mas agora é tarde. A população não deve considerar suas explicações. Porque ali naquela oportunidade, ele se revela em toda a sua plenitude de naturalidade, ou seja: ele é o que expressou naquela conversa. Um inconsequente, irresponsável e um despreparado.
    Infelizmente o âmbito político brasileiro está cheio de gente assim. São uns verdadeiros agentes da desfaçatez, e o fazem dentro de um padrão único, o do descaso e o do deboche para com todos. E sentem-se absolutos nisso, tais são as vezes que assim o praticam.
    Mas no final não tenhamos nenhuma dúvida. Só existe um culpado nisso: o povo. A conscientização que possuem ainda é quase que juvenil. Porque do que se vê por aí, votam nos piores candidatos que se lançam nos pleitos. Então, não há do que reclamar.

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