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terça-feira, 5 de junho de 2012

E O CAOS SE INSTALOU DE VEZ

   A cidade do Rio de Janeiro foi fundada em 1565. De lá até os dias de hoje já são 447 anos de existência, tempo teoricamente suficiente para que a cidade já estivesse completamente construída em sua estrutura física. Mas não é o que acontece. Com muita frequência, observa-se interferências em suas vias, bem como em muitas partes do seu imobiliário. 
   Nos últimos tempos, com a alegação de preparar a cidade para dois eventos futuros (A Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016), o Governo do Estado e a Prefeitura da Cidade produziram e promoveram uma execução simultânea de obras que vêm causando um verdadeiro caos na vida dos cidadãos que nela vivem. É obra por todo canto da cidade.
   A mim me parece que mesmo com todo o planejamento em evitar transtornos ao povo, eles não lograram exito com as suas ações, haja vista que os engarrafamentos nos locais onde haja obras é desesperador.
   Em condições normais de temperatura e pressão o trânsito dessa cidade já é costumeiramente complicado em muitos locais. Mas agora, com essas interferências todas,   o caos se multiplicou por muitas vezes, desgastando àqueles que fazem uso dos logradouros da cidade em deslocamentos para o trabalho e mesmo ao lazer.
   O que acho mais interessante nisso tudo é a forma como esses executivos públicos em mandatos eletivos agem. É como se fossem os verdadeiros donos da cidade. Decidem do jeito e da forma que querem interferir na mesma, sem consultar a população se quer ou se interessa-lhes essa ou aquela modificação. E a última decisão tomada pelo Prefeito de derrubar o Elevado da Perimetral, pelo que consta, obedeceu a esse critério: não promoveu nenhuma  consulta pública à população para saber se aceitariam ou não a tal obra. Penso que o povo a recusaria, com certeza.
   Também existe uma questão que me desperta contrariedade: é saber que esse tipo de interferência, não é (ou não foi) motivada para atender unica e exclusivamente as necessidades do povo que aqui vive e sim aos turistas que para cá virão nas épocas desses eventos citados. E isso já aconteceu em 1992, quando daquela conferência  que a cidade sediou, recebendo os participantes da ECO 1992.
    Deram um banho superficial de obras na cidade, tão somente para agradar aos estrangeiros que aqui estiveram. E, por tabela, o povo beneficiou-se (?) de algumas dessas obras, mas que não foram muitas e nem lá essas coisas. E dessa vez está se dando a mesma ação. As melhorias que estão sendo planejadas e executadas voltam-se, outra vez, para atender às vontades estrangeiras e não diretamente ao nosso próprio povo. Usufruiremos delas por tabela, de novo.
    Ora, tudo isso acontece pela falta de seriedade dessa gente dos governos e pela indiferença e pouco caso do cidadão carioca e fluminense que não se manifesta a respeito desses absurdos. Sofre calado e permite a execução desses projetos que nem sempre são de seus próprios interesses.
     Em contrapartida, o que se observa nos hospitais, nas escolas e nas próprias ruas da cidade são muitas mazelas simultâneas. O dinheiro necessário para a melhoria global da cidade é gasto de forma desnecessária em obras que servirão de propaganda nos horários eleitorais dos partidos desses políticos que estão a frente dessas obras  incômodas e caóticas que somos obrigados a aturar.
Assim não dá !!!

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