Todos já ouviram dizer que "gosto não se discute", não é? No entanto, parafraseando um jargão de um personagem do Zorra Total (e o ator que o fazia já faleceu), "há controvérsias" . E em se tratando de música, muito mais ainda.
Já tive a oportunidade de falar a respeito em outros artigos aqui no blog, registrando que desde guri sempre gostei e ouço muita música. Só que, às vezes, pego-me desafiando alguns jovens em momentos que tocam certas músicas que não são do tempo deles, primeiro se conhecem o artista em foco; segundo se conhecem a música que está tocando. Em geral, as respostas são quase sempre negativas. Ou seja: eles não conhecem a música e o artista que se apresenta, ali, naquela oportunidade.
Confesso-lhes ficar admirado porque, hoje, com a facilidade sonora que temos, ouvimos todo tipo de música e cantor(a), nas rádios cuja programação é estritamente musical. E isso não acontecia a quarenta ou cinquenta anos atrás.
Mas quando eu era jovem, com os meus dez ou onze anos, frequentava um clube onde um vizinho-amigo era o responsável pela parte artística do mesmo, sendo que ele costumava ir durante o dia, lá, para preparar o repertório que colocaria à noite, nas famosas sessões musicais que atendiam às pessoas daquela época, sendo que uma delas era conhecida por "Domingueiras". Mas o controle era rígido e menores de dezoito anos não entrava de jeito nenhum.
Então, com essa idade eu já ouvia, por exemplo, Anísio Silva. Este, sem exageros, era considerado o Roberto Carlos da época. Havia também Orlando Silva, Carlos Galhardo e, mais a frente um pouco, Altemar Dutra e Carlos Alberto. E eu, ainda garoto, gostava de ouvi-los. E muito.
Vou contar-lhes um episódio que, claro, acharão até graça: Em Olinda, distrito de Nilópolis, que naquela época pertencia ao antigo Estado do Rio de Janeiro e, aqui, era o Estado da Guanabara, havia um "fandango", um bar frequentado por prostitutas, e havia uma daquelas máquinas de músicas, onde se colocam moedas para ouvi-las, e o som era alto e dava para acompanhá-lo da rua, sem a necessidade de adentrar àquele recinto. E eu, como era um guri, não poderia entrar lá e, então, ficava nas imediações da entrada desse "fandango", para ouvir as músicas que tocavam na máquina. E de uma, especialmente, eu não esqueço nunca, porque era das minhas preferidas. Chamava-se "Amor Fingido", e quem a cantava era Silvinho, que é vivo até os dias de hoje. Esta música faz parte do que chamam de "brega". Mas eu estou pouco ligando para quem o diz.
Hoje em dia, os jovens não sabem o que é qualidade musical (com raras exceções). Já foram acostumados a ouvir o que chamamos de 'porcaria', sem se preocupar no conteúdo das letras, da harmonia, da música, da métrica na poesia e das rimas grosseiras que estão nas canções que ouvem. Inclusive um fator principal: o arranjo musical empregado na canção. Aposto que muitos deles nunca ouviram falar nessas propriedades musicais citadas. Por isso, absorvem essas coisas ruins que estão aí fazendo sucesso e enriquecendo gente medíocre.
Alguém já disse que música não tem época nem tempo, é universal e infinita. Mas, pelo jeito, "há controvérsias", não é? E eu, que me acostumei a ouvir os já citados e mais a frente gente como James Taylor, Carole King, Luther Vandross, dentre outros, parece-me que estou na contra-mão dessa história. Mas quero, aqui, citar três artistas brasileiros que possuem um apuro muito grande na escolha de seus repertórios, bem como na qualidade musical que apresentam, principalmente em termos de arranjos: Jamelão, Roberto Carlos e Maria Betânia.
Os jovens de hoje têm à sua disposição as músicas e artistas mais antigos e podem ouvi-los e compará-los com os atuais. Mas para que isso aconteça, tem que haver alguém que explique os pormenores e diferenças do que é bom ou ruim. Se não, vai continuar tudo do mesmo jeito.
Já tive a oportunidade de falar a respeito em outros artigos aqui no blog, registrando que desde guri sempre gostei e ouço muita música. Só que, às vezes, pego-me desafiando alguns jovens em momentos que tocam certas músicas que não são do tempo deles, primeiro se conhecem o artista em foco; segundo se conhecem a música que está tocando. Em geral, as respostas são quase sempre negativas. Ou seja: eles não conhecem a música e o artista que se apresenta, ali, naquela oportunidade.
Confesso-lhes ficar admirado porque, hoje, com a facilidade sonora que temos, ouvimos todo tipo de música e cantor(a), nas rádios cuja programação é estritamente musical. E isso não acontecia a quarenta ou cinquenta anos atrás.
Mas quando eu era jovem, com os meus dez ou onze anos, frequentava um clube onde um vizinho-amigo era o responsável pela parte artística do mesmo, sendo que ele costumava ir durante o dia, lá, para preparar o repertório que colocaria à noite, nas famosas sessões musicais que atendiam às pessoas daquela época, sendo que uma delas era conhecida por "Domingueiras". Mas o controle era rígido e menores de dezoito anos não entrava de jeito nenhum.
Então, com essa idade eu já ouvia, por exemplo, Anísio Silva. Este, sem exageros, era considerado o Roberto Carlos da época. Havia também Orlando Silva, Carlos Galhardo e, mais a frente um pouco, Altemar Dutra e Carlos Alberto. E eu, ainda garoto, gostava de ouvi-los. E muito.
Vou contar-lhes um episódio que, claro, acharão até graça: Em Olinda, distrito de Nilópolis, que naquela época pertencia ao antigo Estado do Rio de Janeiro e, aqui, era o Estado da Guanabara, havia um "fandango", um bar frequentado por prostitutas, e havia uma daquelas máquinas de músicas, onde se colocam moedas para ouvi-las, e o som era alto e dava para acompanhá-lo da rua, sem a necessidade de adentrar àquele recinto. E eu, como era um guri, não poderia entrar lá e, então, ficava nas imediações da entrada desse "fandango", para ouvir as músicas que tocavam na máquina. E de uma, especialmente, eu não esqueço nunca, porque era das minhas preferidas. Chamava-se "Amor Fingido", e quem a cantava era Silvinho, que é vivo até os dias de hoje. Esta música faz parte do que chamam de "brega". Mas eu estou pouco ligando para quem o diz.
Hoje em dia, os jovens não sabem o que é qualidade musical (com raras exceções). Já foram acostumados a ouvir o que chamamos de 'porcaria', sem se preocupar no conteúdo das letras, da harmonia, da música, da métrica na poesia e das rimas grosseiras que estão nas canções que ouvem. Inclusive um fator principal: o arranjo musical empregado na canção. Aposto que muitos deles nunca ouviram falar nessas propriedades musicais citadas. Por isso, absorvem essas coisas ruins que estão aí fazendo sucesso e enriquecendo gente medíocre.
Alguém já disse que música não tem época nem tempo, é universal e infinita. Mas, pelo jeito, "há controvérsias", não é? E eu, que me acostumei a ouvir os já citados e mais a frente gente como James Taylor, Carole King, Luther Vandross, dentre outros, parece-me que estou na contra-mão dessa história. Mas quero, aqui, citar três artistas brasileiros que possuem um apuro muito grande na escolha de seus repertórios, bem como na qualidade musical que apresentam, principalmente em termos de arranjos: Jamelão, Roberto Carlos e Maria Betânia.
Os jovens de hoje têm à sua disposição as músicas e artistas mais antigos e podem ouvi-los e compará-los com os atuais. Mas para que isso aconteça, tem que haver alguém que explique os pormenores e diferenças do que é bom ou ruim. Se não, vai continuar tudo do mesmo jeito.
Nenhum comentário:
Postar um comentário