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quarta-feira, 6 de junho de 2012

VAMOS CURTIR UM SOM ?

   Já tive a oportunidade por diversas vezes de dizer que já sou um sessentão.
    Acredito que todas as pessoas que estejam nessa idade, com raras exceções, não se sintam como tal. Há sempre aquela sensação interior de estar mais jovem (ou seria jovial?). E é assim que eu me sinto.
    Quando rapaz, gostava muito de ir para os bailes aos sábados e/ou domingos curtir som. E o que isso queria (ou quer) dizer? É o fato de você estar lá para ouvir as músicas que rolam, senti-las na alma e aproveitar aquela aura de prazer e satisfação que uma boa música nos proporciona e nos faz viajar pelo tempo e espaço de nossas vidas.
    Do que observo nos dias de hoje, penso que a rapaziada não faz mais isso. Afinal, os tempos são outros, dizem. E os ritmos também. Lá pelos idos de 1970, rolava a tal de black beat, que, com nova roupagem nos dias atuais é mais conhecida como charme, E eu sempre fui aficionado por tal ritmo. Sempre gostei muito mais do lento do que do pauleira. Apesar que nesta mesma época (um pouco mais para a frente),  a fase da disco music (dance) virou febre. E também era da minha preferência.
    Já naquela época tínhamos ao nosso dispor equipamentos de som de ótima qualidade, os estéreos, oriundos do hi-fi (hight fidelity), ou seja, alta fidelidade. Esclarecendo-se aqui que o estéreo é um transmissor de som que usa dois canais separados para o som. Você pode ouvir a bateria numa caixa e a guitarra na outra, bem como a voz do cantor separada do instrumental.
    Pode parecer uma obviedade mais quero esclarecer que muita gente naquela época achava que duas caixas de som num aparelho, seria um som estéreo, o que não era verdade. Havia o monofônico. O som estéreo só é feito em equipamento com essa propriedade, provocando a divisão do som em dois canais. Sendo que nestes tempos modernos curte-se som num sistema quadrafônico. O som dos carros, hoje, são em quatro canais distintos, onde não se deve e nem se pode juntar os negativos de saída em uma só perna, como era feito antes.
    Mas este rodeio todo é só para dizer que os equipamentos de som atuais, são extremamente extraordinários (exagero à parte) em relação aos que tínhamos nos anos citados. A modernidade alcançou um padrão que não imaginaríamos chegar no que chegou e isso qualquer pessoa com mais de cinquenta anos pode confirmar para os mais jovens.
    Também a eletrônica e a informática juntas, provocaram uma revolução sonora em nossas vidas. E em vídeos também. Os computadores, eu costumo dizer, só faltam falar. Tal a variedade de recursos que nos oferece e proporciona. Isso, repito, não passaria pelas nossas imaginações quando jovens. Estes, hoje em dia, não fazem nem idéia de tal progresso porque já nasceram dentro dele. Eis a questão.
    De certa forma nós, os sessentões, nos beneficiamos desse progresso sonoro todo, porque a indústria sonora remasterizou uma boa parte dos discos e fitas de artistas de nossa época e os disponibilizou para que possamos ouvi-los nesses tempos atuais, e de uma forma muito melhor da que fazíamos naquele tempo.
    Daí que penso que os rapazes de hoje daqui à quarenta ou  cinquenta anos, podem passar por essa mesma sensação e situação que nós passamos hoje, e relembrem do início do século XXI, como lembramos um pouco além da metade  do século XX.

    A isso podemos chamar de viver a vida.

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