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terça-feira, 22 de outubro de 2013

REFLEXÕES: SEMPRE É BOM FAZÊ-LAS. E EU GOSTO DE

     Já estou caminhando para os 62 anos de idade. E segundo o Estatuto do Idoso, já sou um deles. Apesar de que mentalmente penso estar com uns 35 anos. E Olhe lá. Mas guardando as devidas proporções para evitar o ridículo.
     E nessa longa estrada, se é que posso assim classificar, devo dizer que tenho uma bagagem de vida de tamanho expressivo (sem falsa modéstia), seja lá o que isso queira dizer. Mas tenho é história para contar, sim. Uma pessoa não alcança uma idade dessa para escapar de todas as situações que a vida lhe apresenta. E assim, não sai ileso pelo total, é claro. Trago algumas cicatrizes pelo corpo e pela alma, porque não sou de ferro.
      E o que aqui coloco não é de minha exclusividade, com certeza. Quase a totalidade das pessoas que alcançaram tal idade, ou maior, se sentirão da mesma forma e, por certo, dirão essas mesmas coisas que aqui expresso.
      Mas num outro texto, deixei considerações referentes ao mundo de hoje que reputo ser muito mais complicado do que era antes, há alguns anos atrás. Mesmo com toda essa parafernália eletro-eletrônica aí disponível para o mundo, coisa que há bem pouco tempo atrás não era assim tão apurada.
      A velocidade do tempo hoje em dia parece ser muito mais ágil do que era em tempos quase remotos. É comum ver-se pessoas reclamando que não tem tempo para nada. E os instrumentos e ferramentas de hoje são muito mais apurados que eram. As modalidades de informações, também, apesar de muito ágeis, não conseguem abastecer com regularidade a necessidade que as pessoas possuem de se informar. Isto é um verdadeiro paradoxo.
      Mas a verdadeira intenção aqui é a de dizer para as pessoas o quanto este mundo está doido. E tenho certeza de não ser o único a atentar para este fato. Do que vejo, ouço, leio e vivo, não necessariamente nesta ordem, vejo elas ficarem baratinadas o tempo todo, isto sim.
      E isso só é fácil de perceber para aquelas pessoas com a minha idade ou mais. Porque os jovens atuais, não possuem nenhum parâmetro que lhes permita comparar os dias de hoje com os de ontem. No caso, digamos, uns 30, 40 ou 50 anos atrás. Eles já nasceram dentro do que está aí. Por isso a vantagem que levam em relação aos mais velhos. A estes, só cabe uma coisa: a consolação. Ou submissão ao que está aí.
      Mas de uma coisa eu tenho certeza. Daqui a 50 anos, quando os jovens de hoje estivem coroas, provavelmente terão essa mesma reação que aqui apresento. Aí saberão verificar a diferença no tempo e entre as gerações. E isso fica flagrante para nós os também coroas de hoje.
      E que uma coisa fique muito bem definida: eu tenho um nível de vida do qual nem posso reclamar, se comparado com muitos da minha geração que estão por aí. No entanto, não titubearia em trocar as facilidades de hoje com as dificuldades de ontem. Podem acreditar nisso. Principalmente no aspecto da suavidade, tranquilidade, confiança e alegria de viver.
      Ontem (em outros tempos) vivíamos de um jeito muito melhor do que hoje em dia. É que não levávamos tantos sustos como levamos, hoje. É verdadeiramente coisa de doido, como já dito. E não há como correr disso. O bicho vai atrás, sem que consigamos escapar dele.
       *Em tempo: as pessoas confundem certas facilidades de hoje como se fossem coisas absolutas e não enganativas. O custo de vida atualmente é extremamente pesado, a ponto de fazer com que pessoas trabalhem até alcançarem idades extremas, sem ter nenhuma outra alternativa. O fazem por obrigação e necessidade.
 

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