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sábado, 5 de outubro de 2013

AS OCUPAÇÕES DAS FAVELAS CARIOCAS E SEUS FINAIS.

   Neste Domingo, mais uma vez, a polícia carioca irá invadir o complexo de favelas do Lins, para implantar mais uma das famosas UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora), usando uma estratégia costumeira e já empregada nas outras operações envolvendo todas as favelas anteriormente ocupadas pelo Estado.
   Esse processo é elogiado pela própria polícia e demais autoridades envolvidas nesse tipo de operação mas, a bem da verdade, contém em seu bojo um perfil de oportunismo, aproveitamento e ilusionismo, haja vista que a notícia se dá e é espalhada pelos órgãos de imprensa, com vários e muitos dias de antecedência, promovendo e provocando a debandada dos bandidos lá existentes, daí o evento acontecer sem nenhum confronto entre eles e a polícia dominadora.
   E a população já tem conhecimento através da imprensa que nem tudo do que é divulgado pelas autoridades policiais representa a verdade dos fatos. Muitas ocorrências se dão envolvendo bandidos e policiais nas favelas anteriormente ocupadas pela UPP, sendo que o exemplo maior é o da favela da Rocinha e o desaparecimento do pedreiro Amarildo.
   Nesta estratégia praticada pela polícia carioca, de comunicar com muita antecedência uma invasão à favela a ser dominada, deixa margem a muitas interpretações. Sendo que a principal delas é não combater com precisão aos bandidos, permitindo-lhes mudar de lugar, nestas ocasiões. Assim fica fácil à polícia.
   Em contrapartida, não há que se confrontar com a ideia da pacificação de todas as favelas cariocas, retirando dos bandidos a posse dessas regiões e retomando o poder de uso da população desses locais, haja vista que o abandono dessas regiões ficou muito acentuado pelas autoridades que ocuparam os cargos em governos passados.
   Mas um fato é preciso registrar: Após a pacificação de todas as favelas cariocas, onde é que irão parar os bandidos que antes as ocupavam? Porque essa gente não mudará de vida assim tão facilmente e nem conseguirá evaporar-se no ar como se fumaça fosse. Daí, é necessário que as autoridades se pronunciem para a população carioca com relação à essa possível e provável ocorrência.
   O povo, desde já agradece.

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