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terça-feira, 15 de outubro de 2013

DIA DO PROFESSOR (UMA EFEMÉRIDE TRISTONHA)

   Dia 15 de Outubro: Dia do Professor
   Comecei a estudar no ano de 1959. A escola chamava-se Conde de Agrolongo, na Penha, bairro da Zona Norte da Cidade do Rio de Janeiro.
   Naquela época os professores possuíam tanto conceito quantos nossos pais. Porque depois deles, a figura do professor era a mais respeitada pela sociedade.
   Um dos fatores principais que se observavam era o respeito e disciplina aos professores. Também os alunos eram obrigados a usar o uniforme completo para adentrarem à escola. E era obrigatório o hasteamento da Bandeira Nacional e todos tinham que cantar o Hino Nacional antes de iniciar-se as aulas do dia.
    Um(a) professor(a) mantinha rigoroso controle sobre o comportamento da turma. Todo aluno que aprontava, ia para a secretaria da escola. O aluno não podia discutir nenhuma circunstância com os professores. E os pais dos alunos jamais iam na escola para confrontar uma decisão tomada por algum(a) professor(a). A palavra deles era Lei.
    No entanto, nesses dias modernos e atuais, toda a conceituação foi revirada. Os próprios pais se confrontam com os professores quando tomam conhecimento de que seus filhos sofreram alguma admoestação deles, seja lá por quaisquer motivos. Em muitos dos casos até a polícia é chamada pelos pais para resolverem questões escolares.
    As condições das escolas e do ensino no Brasil, alcançou o absurdo total. Escolas despedaçadas e sem condições de receberem alunos adequadamente; os salários dos professores é de baixo nível; o próprio prestígio deles é subestimado pelo poder público, que não oferece nenhuma condição a eles. Enfim, não passa nem perto a situação que se vê hoje nas escolas com as que se viam em passado recente.
    Então, aproveito para sugerir aos professores que façam uma campanha profunda daqui para a frente, visando desestimular toda e qualquer pessoa (principalmente jovens) para que não busquem trabalhar no ramo didático. Sempre que houver concursos para aquisição de novos professores, que ninguém apareça por lá para se candidatar a nenhum cargo nessa área. Só assim o poder público cairá na real e passará a respeitar um(a) professor(a).
    Tal ideia (ou sugestão) pode parecer estapafúrdia mas não é. E explico:  Como nesses últimos tempos os professores têm protestado contra o Estado, visando melhorias em suas condições profissionais e estão encontrando dificuldades de convencerem ele a rever uma série de situações pertinentes ao ensino no Rio de Janeiro (quiçá no Brasil, também), tal movimento só tem trazido prejuízos aos alunos das redes.
     Então, com a ideia aqui apresentada, num futuro próximo ou médio, o Estado terá dificuldades de colocar novos professores nas escolas. Então eles perceberão a importância que essa classe possui dentro do universo da educação e que não podem ser tratados com desdém como estão fazendo. Inclusive com prejuízos apara a sociedade em geral com o bloqueio dos logradouros públicos e destruições de bancos, lojas e bens públicos.
     Seria um movimento quase que invisível, que não causaria prejuízo a ninguém, só ao Estado em primeiro plano. E seria uma boa lição para essa gente que está aí na gestão pública e não tem consciência da importância de um(a) professor(a) na vida da sociedade.

*Em tempo: antigamente se um aluno fizesse bagunça, era costume as professoras pegarem em sua orelha e o levavam para a secretaria da escola. E todos que passaram por isso naquela época, estão aí serenos e tranquilos em suas vidas, sem terem a necessidade de apoio por assistentes sociais, psicólogos ou fonoaudiólogos. Inclusive, do que se observa nos dias atuais, mesmo contando com a ajuda desses profissionais, uma grande parte das crianças apresenta distúrbios comportamentais diversos. Por que será? Que os experts de plantão respondam essa questão. 
 

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