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segunda-feira, 21 de abril de 2014

ATEU: SER OU NÃO SER? EIS A QUESTÃO.

     De dois anos para cá, em função de várias circunstâncias, mudei por completo vários dos conceitos que possuía sobre a vida e o modo de viver. Meu e das outras pessoas. Isto porque já não dá mais para se acreditar numa série de teorias a respeito disso. E, principalmente, no âmbito religioso.
     Óbvio que é necessário ressaltar que não tenho nada contra a quem acredita em religião. E nem quem segue alguma delas. Cada um acredita naquilo que quiser e pronto. Mas há que se respeitar a posição de cada um. Isto porque, em geral, uma pessoa que se classifica como ateu, é imediatamente repelido pela outra ou outras, no caso.
     E é bom que todos saibam o seguinte: Fica muito fácil àquelas pessoas que acreditam em religião, aceitarem de forma absoluta que exista um deus no universo. E ainda é chamado de pai. E acrescente-se ai um adjetivo: celestial.
     Mas é necessário que se raciocine de forma equilibrada para se observar e constatar que um pai não quererá, nunca, que um filho seu sofra. Tampouco que tenha que passar por circunstâncias pesadas, infelizes e sofredoras para alcançar alguma graça no final da vida. E mesmo que não tenha seguido suas regras ou lei, sendo penalizado por isso, exatamente.
     Um dos aspectos mais importantes nos quais me fixo é saber que todos nós, segundo a religião, fomos criados por um ser superior. E que nos fez segundo sua própria semelhança, como diz a teoria da igreja católica. E que ao nos criar, já sabia que não éramos um ser perfeito. Até muito pelo contrário. Possuímos muitos e vários defeitos.
     Daí sobressai-me um raciocínio rápido: Por que, ao nos criar, esse ser superior já não nos fez perfeito? Por que temos que sofrer, passar por maus momentos em nossas existências, para que, ao final, sejamos alçados aos reinos do céu? Se o criador é realmente nosso pai, tenho a impressão de que é um gozador ou um perverso. Porque brinca conosco e/ou nos castiga ao pecarmos. Ou de vivermos de um modo diferente daquilo que nos determinou, digamos.
     Mas várias outras questões podem ser abordadas e/ou discutidas a respeito. E uma delas é a seguinte: Por que é que muitas pessoas (e que sejam mesmo só umas poucas, no caso) mesmo levando uma vida dentro das regras criadas para se classificar uma pessoa como do bem, tenha que sofrer, através de doenças ou circunstâncias ruins, e também passar por sofrimentos e sacrifícios iguais àquelas que fazem tudo de mal nesta vida? É um fator inexplicável e inaceitável.
     Nesses dias, mesmo, ficamos sabendo da morte de um menino de onze anos, lá no Rio Grande do Sul, e que os suspeitos dela são o pai e a madrasta dele. Que foi morto com uma injeção letal e enterrado em cova rasa num local ermo de uma cidade um pouco distante de onde morava com a família.
     A principal acusada do crime é sua madrasta, que mantinha uma relação muito difícil com o menino. Sendo  que seu pai é médico e a família é considerada de boa situação econômica e social na cidade em que vivem.  
     Também a morte de um menino de três ou quatro anos, esfaqueado pelo primo de uns catorze, sendo escondido o corpo dentro de uma máquina de lavar roupar. Esta tragédia deu-se numa favela no Rio de Janeiro.
     Isto tudo nos remete à completa e absoluta estupidez e ignorância humana. E que cada dia se acentua mais, parecendo que a brutalidade está se cristalizando na vida de todos nesses tempos modernos. E o que espanta é saber que o ser humano se considera uma raça inteligente, diferentemente dos outros animais no mundo. Aí é que a coisa se complica.
     Existe um termo em nosso vocabulário: Espiritualidade. Termo esse que quando é empregado por alguém, é logo recebido como se isso tivesse uma conotação direta com religião, o que não procede. Isto porque religião foi um termo e uma prática criados pela raça humana, com fins múltiplos, digamos.
     Só que a religião tenta limitar a capacidade individual das pessoas, fazendo-as temerem e se assustarem com uma entidade superior em certas circunstâncias. E isto vigora desde muitos séculos na sociedade. E aprimorou-se mais ainda no mundo, desde um pouco mais de dois mil anos, com o surgimento e aparecimento de Jesus Cristo. O cristianismo espalhou-se pelo mundo de uma forma extraordinária. Mas existem muitas outras religiões nesse mesmo mundo. E algumas até mais antigas do que esta, como é o caso do Judaísmo.
     A propósito, as desavenças e divergências que envolvem várias religiões no mundo entre si, dá bem a ideia de tal e tanto absurdo sobre isso. Católicos, Protestantes, Judeus e Muçulmanos vivem a se refregar com frequências muito assíduas. E de forma inexplicável e inaceitável. Isto porque a essência de qualquer doutrina religiosa cabe dentro de uma só peça: o amor ao próximo.
     Infelizmente nesses dias modernos o fator financeiro tem influído e influenciado bastante nesse universo religioso. A ponto de haver religião aqui no Brasil que envolve uma mídia muito forte para convencer e apascentar seus seguidores. E a justiça brasileira já por muitas vezes teve que resolver imbróglios diversos de alguns crentes que foram enganados por certas igrejas.
     Dessa maneira, fica difícil acreditar-se em religião nesses nossos dias. Feliz foi Shakespeare quando, através de um seus personagens, tornou conhecida uma certa afirmação: "Existem mais mistérios entre o Céu e a Terra do que imagina a nossa vã filosofia".
     "E mais não disse e nem lhe foi perguntado".

Em tempo: Prefiro seguir a linha do Agnosticismo. Isso porque não dá para se perder tempo discutindo a existência ou não de um Deus. Até porque já penso que se perdeu muito tempo com tal discussão. E não se chegou a lugar nenhum. Pelo menos até agora.

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