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terça-feira, 26 de maio de 2015

ADOÇÃO INFANTIL

     Uma notícia um tanto quanto surpreendente. O Cadastro Nacional de Adoção informou que em Janeiro deste ano, haviam 27.298 pessoas cadastradas e intencionadas à adoção de uma criança. E informou também que estas eram em número de 4985 esperando alguém adotá-las.
      De certa forma é um desequilíbrio nessa situação. Porque se existe muito mais gente querendo adotar uma criança no país, então não deveria haver crianças nos diversos abrigos ou instituições que praticam esse tipo de trabalho.
      Em grandes cidades é comum ver-se bandos de crianças pequenas e um pouco maiores andarem pelas ruas, sem destino e sem futuro. E muitas delas, talvez a maioria, vive perambulando pra lá e para cá, cometendo pequenos delitos. Alguns até conseguem desempenhar um trabalho qualquer. Lavam carros e para-brisas nos sinais de trânsito, engraxam sapatos, dentre umas poucas outras atividades laborais, escapando do ato de causar problemas às pessoas transeuntes das vias públicas dessas cidades.
      E esse ato de adoção não é uma coisa simples. E aqui não se está querendo referir à burocracia pertinente. A abordagem aqui é no aspecto sentimental e fraterno. Porque a maioria das crianças abandonadas em certos locais, tem uma história muito triste como lastro.
      Mas sabe-se também que a natureza da maioria delas não é fácil e nem boa. Ou seja: carregam em seus íntimos revoltas e modos pesados, onde o rancor ao mundo e às pessoas, talvez, seja a maior característica nelas. Mas tudo isso movido pelo abandono dos pais, por enes razões, como sabemos.
      É até comum o aspecto da discriminação entre elas e as pessoas que as querem adotar. Em geral os casais dão preferência por crianças novas, de colo, brancas e bonitas, deixando as demais de lado, como se estivessem escolhendo produtos de primeira qualidade em prol dos demais. É da vida, diriam alguns.
      Não sei se existe um estudo específico que nos informe o grau de sucesso das adoções feitas no país através de todos os tempos, definindo se elas vivem ou viveram até alcançarem a idade adulta com um casal que os adotou. É de se supor que uma parte dessas adoções reflitam mais problemas do que soluções nas vidas dos envolvidos. De um lado ou de outro.
      Também é sabido que existem casos muito felizes de adoção. Onde a harmonia e fraternidade juntaram os envolvidos, dando-os aquela certeza da formação exemplar de uma família harmoniosa e unida. Bem como existem os casos fracassados de adoção. É uma complexidade só, tais situações.
      Mas tal assunto é muito extenso. E possui muitas peculiaridades. Seria muito bom que não houvessem pessoas a ser adotadas. Só em raríssimos casos. Mas também seria tanto melhor que não houvessem pessoas querendo adotar crianças. Mas aí a natureza deveria se modificar e atender ao sonho de todos para a maternidade e paternidade que é o que não acontece em muitos dos casos.
      No primeiro caso, é bom que todos se preocupem com a permissividade que ora vigora entre os jovens, permitindo-lhes tudo em matéria de relação sexual. E é notório que a maioria das crianças abandonadas em certos centros, são filhos de pessoas jovens, sem nenhuma estrutura para gerar e gerir filhos, dando base para o surgimento deles ao abandono e resultando no grande número de crianças para adoção.
      Enfim, de todas as variáveis que existem num processo de adoção, não são todas que se harmonizarão com as vontades dos envolvidos. Porque, nisso, incide uma gama de acontecimentos. Prós e contras. Daí ficando uma situação que pode desequilibrar esses atos. Mas a cada uma das pessoas que invistam nessas possibilidades, deverão pesar e medir cada uma das nuances que envolvem tal ato e ação. E torcer para que o desfecho lhes seja altamente positivo.

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