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segunda-feira, 25 de maio de 2015

SUICÍDIO

     Neste Sábado, 23 de Maio, ao retornar para casa, à tarde, vinha ouvindo o rádio do carro, sintonizado numa rádio que diz "tocar notícias": A CBN.
     E a âncora daquele horário estava entrevistando uma pessoa (um homem), que era autor de livros, cujos assuntos pendiam para psicologia. Só que não tive condições de gravar seu nome. Mas o assunto que discorria ali era sobre suicidas.
     E o termo Suicidólogo foi usado por várias vezes nas explanações daquele autor. E eu, mesmo leigo nesse assunto, mas interessado em todo assunto que diz respeito a comportamento humano, fiquei ali ouvindo a entrevista.
     O ruim de se ouvir o rádio do carro é que com muita frequência temos que desviar a atenção do mesmo, para tomar cuidado com as manobras de direção automotiva. Se não, há grande possibilidade de nos envolvermos num acidente. E isso são coisas que ninguém quer que aconteça.
     Então, não cheguei a acompanhar toda a entrevista, ficando, assim, prejudicado em certos entendimentos ali apresentados. Mas depois fiquei refletindo sobre o assunto. E esse exercício é o que mais executo no meu cotidiano. E é isso que me proporciona a postar as crônicas que apresento neste espaço. E não é sem razão que ele se denomina "O Cotidiano em Reflexões". 
     Como a sabedoria popular cunhou um aforismo que muitos conhecem e que diz: "De Psicólogo, Médico e Louco, cada um temos um pouco", e que o primeiro termo da frase pode ser trocado por várias outras atividades profissionais que existem, costumo dizer que possuo certas verves em meu ser, o que me estimula a tecer (ou criar) opiniões a respeito de muitas coisas desse nosso cotidiano.
     E num outro texto já publicado nesse espaço, em data que não sei precisar, fiz uma abordagem a respeito de tudo o que é conhecido nesses nossos dias atuais como científico. E que em seu início não o era. Era, sim, um assunto ou circunstância ao qual alguém gostasse ou se interessasse a respeito. E com a intensidade dessa ação, conseguiu definir e determinar a ciência em seus trabalhos, criando regras posteriores a respeito para a posteridade e para a Humanidade.
     Mas voltando ao tema principal dessa assertiva, também tenho minhas impressões sobre pessoas que perpetram atos contra sua própria existência e/ou vida, os suicidas. Penso que, a principio, essas pessoas não possuem certas capacidades para suportarem as agruras que a vida se lhes apresentam, daí não resistirem às dificuldades que são forçadas a encarar e enfrentar nessas circunstâncias.
      Óbvio é que seria leviandade alguém acusá-los de covardes. Até pelo gesto trágico e fatal que cometem, eles são, sim, uns valentes, acima de tudo. Mesmo que movidos por certo grau de ignorância, digamos. E que para cometerem um gesto extremo como esse, jamais se poderia classificar tal pessoa daquela forma.
      E se tal matéria fosse fácil, provavelmente já teríamos algumas ou muitas soluções positivas para ela. Mas, até agora, não se logrou êxito nessa empreitada. E olhem que há um universo de gente em busca dessas soluções, não tenhamos dúvidas nenhuma a respeito.
      E dentro da minha condição de leigo, posso afirmar que tal mister possui muitos prismas de estudos e análises para se trabalhar sobre isso. Desde o lado pessoal, ao familiar, comportamental, social, patológico e religioso. E todas essas propriedades, focam num só resultado: que tal ato não deve ser cometido sob hipótese alguma (ou nenhuma).
     Infelizmente, como sabemos, a posição final sempre é dada e tomada pela pessoa que busca tal desfecho para sua vida. E é sabido que quase todas elas sabem das implicâncias às quais estará sujeita com tal ato. Mas também há a possibilidade da inconsciência total desse gesto. E também se faz necessário dizer para elas que a vida de uma pessoa não é um universo único e nem pequeno. Porque cada um de nós gravita e orbita com muitas outras pessoas nessa vida. De parentes a amigos, de vizinhos à colegas de trabalho ou de clubes.
     E é nisso que a pessoa que vai querer buscar por fim à sua própria vida deve se fixar. Ela não causará mal só à ela, não. Muitas e várias pessoas do seu rol de convívio também serão atingidas, com certeza. E o peso que ela pensa abandonar com o seu gesto trágico, acabará transferindo para aquelas pessoas com as quais conviveu em vida. Haja vista que muitas delas, principalmente seus parentes, poderão até sentir-se culpadas por não terem podido impedir tal gesto extremo. E isso é um peso que qualquer um carregará até o fim de sua vida.
     Enfim, essa situação é uma das mais pesadas e complexas de se assistir e/ou conviver em nossas existências. E segundo a entrevista, morre muito mais gente através de suicídio do que por assassinatos e guerras no mundo.

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