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domingo, 3 de maio de 2015

SER UM PETISTA, SEM NUNCA TER SIDO...UFA!!!

     A propósito de uma pequena brincadeira que fiz com um dos meus amigos virtuais no Facebook, lembrei-me de um tempo em que me importava muito com a política em nosso país. Mas, infelizmente, deixei-me arrastar por certas premissas, onde o produto que era anunciado pelo(s) líder(es) do partido ao qual me liguei de forma idealista e emocional, mais esta do que a outra, levou-me a equívocos e desapontamentos profundos com o decorrer do tempo.
     É óbvio que quando agimos dessa forma, ou seja, em acreditar em certas perspectivas, estaremos sujeitos a todos os tipos de desapontamentos. E comigo se deu assim. Mas é de se ressaltar que o histórico de vida de uma pessoa é um fator importantíssimo nas expectativas que se criarão no decorrer da nossa caminhada de vida dentro do metier da política, por exemplo.
     E eu, oriundo de família muito pobre, onde os pais não possuíam nenhuma potencialidade cultural que pudesse herdar, vi-me isolado nesse caminho, apenas dando sorte por ter tido uma educação firme, dentro do padrão da decência e da probidade, o que me fez trilhar o caminho do bem, de uma forma até arraigada.
     Assim foi que mesmo sendo um dos simpatizantes do Partido dos Trabalhadores (PT), desde adulto jovem, a partir da tomada de consciência nessa fase da vida, militei como se fosse inscrito no partido. E como sempre fui muito bem articulado, também possuindo uma natureza combativa e contundente, preguei todas as teorias que me foram passadas pelos componentes desse partido, durante  um bom tempo da minha vida.
     E não sinto constrangimento algum em afirmar que fui um dos responsáveis pela ascensão do Sr. Lula da Silva, bem como o PT, ao poder. Através da minha militância política, junto com outros milhares de componentes e/ou simpatizantes desse partido. E isso durou até o início do ano de 2004, quando começaram a surgir os imbróglios políticos financeiros, que deram origem ao famoso caso do "mensalão".
     Mas desta data em diante, dei uma guinada de 180º. Peguei todos os apetrechos que um militante possui para essas práticas, joguei tudo no lixo, como diz uma música conhecida que às vezes ainda toca no rádio. E um fato interessante penso que tenha ocorrido. Um vizinho de dois andares abaixo do meu, no prédio em que moro, é um petista doente, até hoje. E eu tenho para mim que a bandeira vermelha do PT que havia jogado pela lixeira a baixo, ele deve tê-la pegado para si. Coisa muito natural, diga-se.
     Então, daquela data em diante, tomei uma verdadeira ojeriza. Ao Sr. Lula e ao Partido dos Trabalhadores. A ponto de estender tal sentimento a todos os partidos políticos brasileiros. Enfim, tomei ojeriza à política nesse país. Mas óbvio, fora essa expressão, não fico tentando mudar a cabeça de ninguém. Principalmente dos jovens. Porque penso que perderia tempo, haja vista que quando enveredei por esse caminho, a política, o que mais ouvi foram críticas ao Sr. Lula e seu partido. 
     E nunca dei atenção, seguindo em frente, até o derramamento da água no recipiente dessa política suja que esse partido resolveu adotar a partir de seu acesso ao governo do país, muito diferente do que pregavam anteriormente à essa condição. E, até os dias atuais, o que mais se ouve, vê e lê, são verdadeiros escândalos políticos financeiros, que dá a impressão de que tais absurdos nunca terminarão.
     Assim é que só me cabe estarrecer-me  com tais acontecimentos. Mas uma coisa sempre me marcará: afinal, a minha intuição de guiou, no sentido de que eu não me inscrevesse nesse partido. E costumo dizer que fui um petista, sem nunca ter sido. Porque, felizmente, o astral poupou-me, de certa forma, desse vexame. Mas mesmo assim eu assumo a minha parcela de responsabilidade nas imundícies petista nesse tempo todo. Haja vista que se o PT está no poder, eu o ajudei a chegar lá.

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