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sexta-feira, 29 de maio de 2015

"FAÇA O QUE DIGO, MAS NÃO FAÇA O QUE FAÇO" II

     O acidente aéreo que envolveu o apresentador Luciano Huck e sua mulher Angélica, ambos artistas da Globo, mexeu com o país há alguns dias atrás.
     Óbvio é que não poderia ser de outra forma. Mas, felizmente, ambos, os filhos e as babás, e também a tripulação, escaparam ilesos do mesmo.
     Mas uma simples frase, ouvida do fazendeiro que os socorreu no local logo após o acidente, chamou-me à atenção. Este disse: "As crianças tentavam acalmar a mãe, Angélica".
     E porque ressalta-se uma declaração como essa: Simples. Estamos acostumados a ver e assistir as celebridades brasileiras em entrevistas, por exemplo, emitirem opiniões sobre quase tudo, como se fossem especialistas dos assuntos, com isso formando opiniões junto às pessoas que as assistem.
     A impressão que nos passam, pelo menos a maioria delas, é que são pessoas estruturadas em suas vidas pessoais, servindo de exemplo para os demais. E isso não corresponde à verdade dos fatos. E nesta ocasião, a Angélica nos deu a certeza disso.
     Se ela fosse a "Brastemp" que tenta nos passar através das imagens que joga nas residências das pessoas através da telinha da televisão, naquela oportunidade, deveria agir ao contrário do que fez. Seria ela, uma pessoa adulta, a buscar tranquilizar os filhos na hora do acidente. E não eles, de acordo com o que aconteceu e foi relatado pelo fazendeiro socorrista.
     Mas é necessário ressaltar tal situação, para mostrar os muitos equívocos que ocorrem em nosso cotidiano. E, principalmente, quando inclui uma celebridade brasileira (quiçá estrangeira, também). Porque em entrevistas ou quaisquer circunstâncias onde podem emitir opiniões, o fazem como se especialistas daquilo que estão falando fossem. E quase nunca isso é verdadeiro. E temos muitos exemplos disso vida afora.
     Mas a culpa não chega a ser deles, não. Esta é de quem se deixa levar por aparências, quase sempre. Porque o conteúdo empírico de alguém só pode ser demonstrado através de ações sólidas e determinadas em circunstâncias especiais. Aí sim, ver-se-á o conteúdo dele. As suas ações, reações e atos corretos naquela hora de dificuldades, sabendo enfrentá-las com correção e dignidade, servindo, aí sim, de exemplo para outros.
      Óbvio é que tal assertiva poderá despertar a ira ou contrariedade de muitos. Mas faz-se mister ressaltar tal circunstância sobre isso. O mundo anda cheio de pessoas despreparadas. E numa hora de dificuldade alheia, elas se manifestam como se fossem a solução destas. O que, nem sempre, corresponde à verdadeira essência.

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