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quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

E QUEM É QUE SE CONHECE?

    Quem é você?
    Eta perguntinha danada, não é? E quantas vezes nós já fomos indagados a respeito. Mas tal pergunta possui muitos mais desdobramentos do que imagina a nossa vã filosofia. Porque pode ser que aquele que foi assim interpelado, nem sabe quem ele é. Acreditam?
    A humanidade dá a impressão de que não se conhece. E isto pode parecer uma heresia, mas não é. Por que está se tratando aqui da verdadeira identidade que cada um possui. É um tanto complexa essa assertiva, mas o que se quer colocar é a verdadeira identidade de cada uma das pessoas no mundo.
    Todos nascemos, sabemos onde, de que família pertencemos, sabemos tudo o que é e será necessária para viver. Pelo menos até o último dia de nossa vida. Mas acontece que existe muita gente por aí que não se conhece na essência. E não é pouca gente, não.
    Mas o que se quer dizer com isso? Oras, é o fato das pessoas não se identificarem com as suas propriedades naturais. A começar pelo caminho que trilhará na vida, que quase sempre nos é imposto por alguém e não decidido por nós mesmos. Pelo menos enquanto somos jovens. Principalmente se formos de origem humilde, razão pela qual ao atingirmos uma determinada idade, tendo que trabalhar para a própria manutenção, aceitaremos o primeiro emprego que nos oferecerem.
     Poucas são as pessoas que, logo no início da vida, principalmente a profissional, conseguem seguir pela atividade com a qual se identificam, aproveitando a aptidão que possui para ela. Isto é raro de acontecer. Só uns poucos alcançam tal possibilidade.
     E é dessa forma que assistimos em nosso cotidiano, um número incalculável de pessoas trabalhando em coisas que não gostam, inclusive não possuindo nenhuma aptidão para tal. E isso, talvez, é que promova um certo desequilíbrio no mercado de trabalho. Porque só alguns se realizam naquilo que fazem.
     Então a pergunta inicial, deixa muito bem configurada a condição de estranhos, em cada um de nós. Quando não estamos sintonizados com a perfeição da vida. E isso nos causa problemas. Às vezes nos incomodam por toda ela. E feliz será aquele que puder dar uma guinada nesse caminho, desviando para aquele com o qual estará ajustado na profissão e em sua própria essência.
     Sendo assim, esta situação Socratizada, sempre influirá em nossas existências. O preocupante é que nesses tempos modernos, as pessoas já não estão se levando por si e, sim, pelas circunstâncias momentâneas que nos cercam. Então, as perspectivas para o futuro não podem ser consideradas nada animadoras no que tange à perfeição das coisas nessa vida. Ficaremos mercê da tecnologia que nos carrega a todos em seu bojo. E é torcer para que, ao final, dê tudo certo. Principalmente conosco.

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