As crônicas que publico neste blog são reproduzidas num site chamado "Recanto das Letras". Lá é um amontoado de trabalhos literários, de todas as linhas. Coisas até que eu nem sabia existirem. E nem me perguntem como fui para lá, fazendo parte do rol de produtores literários que lá publicam seus trabalhos.
É interessante, porque convivemos com muita gente. E aí é que se vê a variedade de produções, consciências e visões do mundo e da vida. E para as pessoas que produzem qualquer tipo de literatura, requer, pelo menos, possuir um certo grau de sensibilidade com as coisas que acontecem nessa vida.
Um outro fato interessante é que lá somos todos escritores e leitores. Simultaneamente. Porque ao mesmo tempo que publicamos nossos trabalhos, também lemos os trabalhos alheios, de todos os que lá estão.
Uma das autoras, Ana Lúcia N. Paiva, publicou uma crônica com o nome de "A arte de viver em família". E apesar da sinteticidade do texto, coloca algumas nuances que estão nessa relação familiar.
E se fosse comentar tal texto, acrescentaria ao termo "Arte", algo assim como: desafio. Porque uma família, seja ela qual for, possui uma gama de situações que nos provoca verdadeiro exercício desafiador, sim, para se viver nela.
E se a família for bastante numerosa, como acontecia às nordestinas, há algumas décadas atrás, cujos casais possuíam muitos filhos, alguns até ultrapassando uma dezena deles, promove com isso uma complexidade impressionante. A começar pelas muitas e diversas diferenças entre cada um de seus componentes.
E no caso dessas famílias, quase todas elas tiveram um mesmo acontecimento: a migração de seus componentes para as grandes cidades brasileiras. Principalmente Rio de Janeiro e São Paulo. O que acabou gerando um certo distanciamento entre eles, tendo gente que nunca mais retornou ao seu torrão natal, bem como ao seio da própria família.
O ruim disso é se constatar que as pessoas não se interessaram e nem se interessam em manter contato entre elas. Dando início às suas próprias famílias, cortando o vínculo consanguíneo e sentimental entre as partes. E isso não é um fator positivo. Até muito pelo contrário.
E posso pegar a minha própria situação particular e falar a respeito. Porque meus pais, ambos oriundos do nordeste brasileiro, ao se casarem, de imediato abandonaram suas regiões e vieram para o Rio de Janeiro no início da década de 1950.
Apenas com um pequeno diferencial entre as demais famílias, é que meus pais mantiveram o vínculo com as suas origens. E mesmo que periodicamente, ambos, juntos ou separados, de tempos em tempos retornavam à cidade onde nasceram, mantendo um certo nível de relação com alguns que por lá permaneceram.
Os meus pais tiveram cada um cerca de sete ou oito irmãos. E eu nem tive a oportunidade e também a possibilidade de conhecê-los a todos, só a alguns deles. E isso é um fator frustrante, principalmente para aqueles que dão valor a isso. Ou seja: valorizam suas origens. O que também não é lá observado por muitos. Uma pena.
E é assim a vida. Quantos de nós temos parentes aos quais nunca vimos? Eu por exemplo, ainda consegui conhecer quatro dos irmãos maternos e dois do paterno. E tenho e sinto uma relação muito positiva nisso porque da minha extensa família, sou, com certeza, o componente que mais conhece membros dela. Possuindo primos já em quarto grau,
Mas infelizmente, hoje em dia tenho raros contatos com grande parte dos parentes. Por algumas razões. Uma delas é a distância entre nós. Mas também se inclua aí as diferenças pessoais, culturais, financeira/econômicas e profissionais/intelectuais. Todas essas propriedades influem, positiva e negativamente nessas relações. Infelizmente, repita-se.
É interessante, porque convivemos com muita gente. E aí é que se vê a variedade de produções, consciências e visões do mundo e da vida. E para as pessoas que produzem qualquer tipo de literatura, requer, pelo menos, possuir um certo grau de sensibilidade com as coisas que acontecem nessa vida.
Um outro fato interessante é que lá somos todos escritores e leitores. Simultaneamente. Porque ao mesmo tempo que publicamos nossos trabalhos, também lemos os trabalhos alheios, de todos os que lá estão.
Uma das autoras, Ana Lúcia N. Paiva, publicou uma crônica com o nome de "A arte de viver em família". E apesar da sinteticidade do texto, coloca algumas nuances que estão nessa relação familiar.
E se fosse comentar tal texto, acrescentaria ao termo "Arte", algo assim como: desafio. Porque uma família, seja ela qual for, possui uma gama de situações que nos provoca verdadeiro exercício desafiador, sim, para se viver nela.
E se a família for bastante numerosa, como acontecia às nordestinas, há algumas décadas atrás, cujos casais possuíam muitos filhos, alguns até ultrapassando uma dezena deles, promove com isso uma complexidade impressionante. A começar pelas muitas e diversas diferenças entre cada um de seus componentes.
E no caso dessas famílias, quase todas elas tiveram um mesmo acontecimento: a migração de seus componentes para as grandes cidades brasileiras. Principalmente Rio de Janeiro e São Paulo. O que acabou gerando um certo distanciamento entre eles, tendo gente que nunca mais retornou ao seu torrão natal, bem como ao seio da própria família.
O ruim disso é se constatar que as pessoas não se interessaram e nem se interessam em manter contato entre elas. Dando início às suas próprias famílias, cortando o vínculo consanguíneo e sentimental entre as partes. E isso não é um fator positivo. Até muito pelo contrário.
E posso pegar a minha própria situação particular e falar a respeito. Porque meus pais, ambos oriundos do nordeste brasileiro, ao se casarem, de imediato abandonaram suas regiões e vieram para o Rio de Janeiro no início da década de 1950.
Apenas com um pequeno diferencial entre as demais famílias, é que meus pais mantiveram o vínculo com as suas origens. E mesmo que periodicamente, ambos, juntos ou separados, de tempos em tempos retornavam à cidade onde nasceram, mantendo um certo nível de relação com alguns que por lá permaneceram.
Os meus pais tiveram cada um cerca de sete ou oito irmãos. E eu nem tive a oportunidade e também a possibilidade de conhecê-los a todos, só a alguns deles. E isso é um fator frustrante, principalmente para aqueles que dão valor a isso. Ou seja: valorizam suas origens. O que também não é lá observado por muitos. Uma pena.
E é assim a vida. Quantos de nós temos parentes aos quais nunca vimos? Eu por exemplo, ainda consegui conhecer quatro dos irmãos maternos e dois do paterno. E tenho e sinto uma relação muito positiva nisso porque da minha extensa família, sou, com certeza, o componente que mais conhece membros dela. Possuindo primos já em quarto grau,
Mas infelizmente, hoje em dia tenho raros contatos com grande parte dos parentes. Por algumas razões. Uma delas é a distância entre nós. Mas também se inclua aí as diferenças pessoais, culturais, financeira/econômicas e profissionais/intelectuais. Todas essas propriedades influem, positiva e negativamente nessas relações. Infelizmente, repita-se.
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