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segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

INVADINDO SEARAS ALHEIAS, MESMO QUE SEM LICENÇA

    Viver a vida é o maior exercício que o ser humano pode praticar em sua existência. Óbvio é que grande parte dos leitores considerará uma afirmação como essa como o "óbvio ululante". E o primeiro fato está relacionado à ginástica em conviver em grupo, na sociedade, com os seus semelhantes.
    Uma parte das pessoas não gosta do programa do BBB. Por razões múltiplas. E essa parte pode ser considerada muito pequena. Porque a maioria delas o adora . E, também, pelas mesmas razões múltiplas.                                                                           
Schopenhauer                                                   
      E seguindo a tese de um conhecido aforismo que diz: "De telespectador médico e louco cada um temos um pouco", onde se sabe e costuma-se substituir, sempre, o primeiro termo, trocando-o por outro qualquer, em se tratando de atividade profissional, digamos, é que costumo expressar algumas verves que possuo, daí gerando as assertivas que coloco neste espaço.
    E nesse caso, já declarei considerar-me um estudioso do comportamento humano, bem como desse nosso cotidiano. Nada no intuito de querer considerar-me dono de muitas verdades, só de algumas delas, que é uma propriedade intrínseca ao ser humano.
    Então, durante bom período de observação nesse mister, penso que alcancei algumas propriedades para poder dissertar a respeito, buscando colocá-las sob análise que quem a sim se propuser. Ou desejar. Mesmo que no plano do diletante, fugindo à responsabilidade do aspecto científico.
    E de antemão, citaria uma ação que tem base na encenação. Haja vista que grande parte da humanidade, age de forma a escamotear suas intenções em relação ao semelhante, quase sempre tentando tirar proveito de algo, alguma coisa ou circunstância.
    Um dos exemplos mais profundos que posso citar é no aspecto do termo 'humildade'. Quando sabemos que a maioria costuma considerar aquela pessoa simplesinha, a coitadinha, quase insignificante. Enfim, alguém que não sabe ou não pode haver-se por si só. E é claro que existe esse tipo de gente, sim. E que necessitará, sempre, de ajuda ou de socorro do outro ou de alguém.
     No entanto, pelo que observo, é que grande parte das pessoas coloca-se em plano inferior para auferir ou angariar privilégios. E quanto mais uma pessoa faz-se de humilde, mais são as suas intenções e probabilidades de se aproveitar do seu semelhante, ou das circunstâncias que lhes cercam.
     E esse tipo de gente ainda apresenta outras performances oportunistas. Não aceita aquele que conhece dessas artimanhas. Daí que estará sempre propensa a jogar essa pessoa contra as demais, usando das suas propriedades de pessoa pequena, seja lá o que isso queira dizer mais todos o sabem.
     Esse processo é invisível, escamoteia-se em facetas variadas, daí não ser perceptível à maioria. Mas com um agravante. Quem assim age e logre êxito em sua proposta, consegue, sim, colocar o outro em choque ou litígio com os demais.
     Mas um fato fica muito claro nisso. É que em geral as pessoas quase nunca olham-se a si, só àquele que se destaca ou está num patamar acima em se tratando de conteúdo. Que pode ser profissional, financeiro, cultural, intelectual, dentre mais alguns. Principalmente ao analista. É mais fácil tomar conta do outro do que de si mesmo. Porque se alguém não se desenvolve na vida, não pode ver o outro como inimigo ou adversário, ou seja lá o que for, tirando a própria responsabilidade de alcançar o mesmo ou outro patamar.
     E nessas circunstâncias, é bom citar uma das afirmações de Arthur Schopenhauer que diz: "Se alguém nota e sente uma grande superioridade intelectual naquele com que fala, então conclui tacitamente e sem consciência clara que este, em igual medida, notará e sentirá a sua inferioridade e a sua limitação. Essa conclusão desperta o ódio, o rancor e a raiva mais amarga".
     Mas existem outras citações que podem fazer parte do que aqui segue, para dar consistência ao exposto: 
    “A inveja é natural ao homem. No entanto, ela é, ao mesmo tempo, um vício e uma desgraça. A inveja dos homens mostra o quanto se sentem infelizes; a sua atenção constante às ações e omissões dos outros mostra o quanto se entediam.
    “A virtude da modéstia é, decerto, uma invenção considerável para velhacos, pois, em conformidade com ela, cada um tem de falar de si mesmo como se fosse um deles, o que coloca todos magnificamente no mesmo nível, uma vez que produz a impressão de que não há absolutamente nada além de velhacos.
     E será importante ressaltar que a vida é do jeito que é. E isto pode ser uma outra afirmação óbvia. Mas é necessário colocar que não se deveria observar tantas diferenças entre as pessoas nesse mundo. Ninguém poderia ou deveria alcançar um nível tão elevado ou diferente do seu semelhante. Por que é isso que causa as distorções nessa vida. Principalmente no aspecto de "uns com tanto e outros sem nada, ou muito pouco".
     Mas talvez o mundo e a vida deva ser exatamente como é. Provavelmente é aí que entra o detalhe principal. Só aqueles que buscam seus progressos, com muita abnegação naquilo que pretendem, alcançam ou chegam mais próximo de onde desejam, saindo da mesmice ou da mediocridade quase que natural.
     E um outro registro merece ser feito: Nesses tempos modernos, com o auxílio da tecnologia, até mesmo pessoas medíocres ou de pouca qualidade andam alcançando patamares altos. Mas isso é outra conversa. E até seria necessário que Freud vivesse para explicar tais situações. Mesmo que se saiba que existem muitas pessoas atrás dessas explicações. E que sejam precisas e rápidas nelas. A Humanidade aguarda com fervor.  


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