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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

E AGORA, COMO É QUE FICA?

     Nesta sexta-feira, os professores universitários cariocas decidiram voltar ao trabalho, encerrando a greve que criaram já há 106 dias. As pretensões salariais da classe não chegaram a ser atendidas pelo governo mas um acordo foi firmado e o aumento será escalonado até 2015.
    Mesmo sabendo-se do direito de um trabalhador pretender ser aumentado pelo seu empregador, neste caso específico fica uma situação muito conturbada porque com uma paralisação dessas por tanto tempo, os estragos foram feitos junto aos estudantes e, com certeza, pouco poderá ser feito para recuperar o tempo e as condições perdidas.
    Mas também é necessário uma análise pontual nesta questão. Todos sabemos que os salários dos trabalhadores no Brasil não chegam a atender às pretensões de ninguém. Nem tampouco às necessidades que se esperam (e precisam) no que tange a permitir uma vida folgada em termos de desejos de cada um. Mas há que se parar para pensar. No caso desses professores, a carga horária é baixa, cerca de 20 horas semanais, enquanto que muitas outras classes possuem horários de 44 horas semanais e salários mais baixos, inclusive.
    É de praxe qualquer um de nós pretender "puxar a brasa para a sua sardinha", no tocante à valorizar sua classe profissional. Mas será que um professor universitário possui tanta qualidade assim, que lhe conceda tão grande diferença profissional em relação às demais classes trabalhadoras?
    Outra coisa: o nível qualitativo dos mesmos, hoje, deixa muito a desejar no que se refere ao preparo dos estudantes e isto fica configurado em todas as pesquisas do nível da qualidade desses, em quaisquer pesquisas efetuadas, e divulgadas pela imprensa.
    Mas um fator importante deve ser atentado: toda e qualquer pessoa que se proponha a querer ser um servidor público no Brasil, tem pleno conhecimento do baixo nível salarial, bem como das más condições profissionais que esse ramo propicia e proporciona a quem dele quer fazer parte. Mas sempre que há um concurso para qualquer área do funcionalismo público neste país, as filas nos quarteirões chegam a alcançar mais de um quilômetro, no número de candidatos que pretendem concorrê-lo.
     Alguém pode explicar porque isto acontece?

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