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sábado, 21 de maio de 2016

A ARTE SÓ IMITA A VIDA

    O imbróglio que envolveu o fim do Ministério da Cultura e parte da classe artística brasileira cabe algumas observações e, principalmente, muitas reflexões, diríamos até pelo inusitado da coisa. 
    Mas a principal base dessa discussão consiste tão somente numa situação que já foi desenvolvida numa outra crônica aqui neste espaço que faz referência à puxada da brasa para a sardinha, daquele que fixa-se numa determinada situação que lhe é, basicamente, de seu próprio interesse, que é o que se observa nessas circunstâncias por parte dos artistas que mais protestaram a respeito.
    E nas redes sociais, no Facebook, muita postagem correu, onde grande parte delas foi de oposição a alguns deles, mormente os que possuíram e possuem investimentos públicos em suas peças e/ou trabalhos, o que, convenhamos, chega a ser apelativo. Porque fora disso, essa gente não está nem aí para nada e nem ninguém no país.
    Poucos deles mobilizam-se a favor do povo. E só o fazem quando lhes é interessante e/ou favorável. Enfim, quando podem tirar qualquer proveito disso. E na matéria antes desenvolvida sobre assunto que envolve artistas, ficou lá exposto que eles vivem em função deles mesmos, e só. Inclusive buscaram essas atividades por terem dificuldades de fazer muitas coisas na vida concreta, e no caso de ator/atriz, serão tudo, mas só na vida abstrata, o que é muito mais fácil com certeza.
    Enquanto que muitos lutam de forma firme e sólida no cotidiano de suas vidas, outros buscam escapar disso, procurando meios que, teoricamente, é menos pesado e concorrente, porque encarar um patrão e um emprego no dia a dia é uma atitude drástica para quem o faz. E o desgaste físico e emocional é muito maior do que o daquele que busca viajar em sonhos e esperanças, vivendo com o que classificamos de ter a cabeça nos ares.
    Claro é que tal assertiva causa certos deslocamentos em alguns e até mesmo revolta, digamos. Mas quem pode observar tais diferenças, consegue verifica-las entre uma e outra ação. E também o que se pode definir é no aspecto remuneratório. Um artista consegue receber valores muito mais superiores do que as demais atividades, mesmo que seja uma pessoa de grandes limitações para outras atividades que não estejam ligadas ao que faz.
     Mas há a necessidade de se colocar que o mundo gira em função de muitas outras coisas. Há que se plantar, colher, consertar, administrar, defender, dentre muitas outras ações, e não somente viver de céu lilás com bolinhas de todas as cores nesse mesmo céu. E as demais ações/profissões, deveriam e poderiam, também, ganhar tal qual um artista o faz. Porque o desequilíbrio entre elas é bastante acentuado e desvirtuado.
     E observa-se as distorções nessas situações nas vidas de muitos dos artistas no mundo. Gente que depois de fazer muito sucesso, perde-se na vida ao cair no ostracismo. Ou até mesmo deixar de fazer sucesso ou não constar mais no meio em que esteve. Quase sempre buscam envolver-se com coisas erradas e nocivas, trazendo desgraças para a sua própria vida. E não são poucos tais casos. são os
  Não são muitos os que conseguem voltar à realidade da vida, fora do mundo artístico, vivendo como as demais pessoas, conseguindo um trabalho ou emprego qualquer que lhes dê sustentação profissional e subsistência financeira e pessoal. 

*Em tempo: qualquer um de nós pode ser um artista. No entanto, tem que se ressaltar que para ser um dos bons ou melhores, terá que possuir aptidão para tal. E é esse detalhe que faz a diferença entre tantos. Mas que muita gente que está aí na vida, nem tem ideia do que seja isso. Aí sente-se como se fosse uma "Brastemp". E quase sempre não é.

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