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segunda-feira, 9 de maio de 2016

O JEITO É IR VIVENDO

    Um dia desses eu estava conversando com um homem que disse ter 85 anos. Uma aparência boa, firme nos movimentos, e expressando pleno domínio. O que, mesmo nos dias atuais, não chega a ser uma coisa natural. Porque a idade desgasta o corpo humano, mas que reflete o que a pessoa fez quando mais nova. Daí as diferenças.
    E dentro desse aspecto, formei um conceito de que quanto mais idade uma pessoa alcança, a sua carga de castigo também o faz. Porque diversos sofrimentos juntam-se à vida daqueles que envelhecem.
    A saúde é o primeiro item que sofre reflexos nessa situação. Mesmo que uma pessoa busque controlar sua vida e seus hábitos, cada um de nós possui uma característica própria. E até genética, haja vista que certas doenças são desse cunho. E não há como escapar disso.
    A modernidade, por exemplo, talvez seja uma das propriedades que mais castigam o ser humano com o passar do tempo. Porque grande parte dos idosos não conseguem ambientar-se nela de forma plena e absoluta, encontrando certas e muitas dificuldades em conviver nessa situação. E a tecnologia, paradoxalmente, faz um estrago muito grande na velhice.
    Sabemos que também existe coisas positivas nessa passagem do tempo. E até mesmo a expectativa de vida dos humanos aumentou e vem aumentando consideravelmente com o passar do tempo. E isto é um fator preocupante para muitos. Isso no caso de não manter a regularidade em adaptar-se às mudançastemporais.
    Mas o fato que mais preocupa e até desestabiliza um idoso, sãos as mudanças conceituais no que tange ao respeito, pudor, decência e que tais. Os modos, costumes e práticas mudam e mudaram de uma forma assustadora para eles. E isso é de difícil assimilação. Porque muitas das coisas que até eram crimes quando eles eram jovens, hoje em dia estão implantadas nos procedimentos da sociedade moderna.
    Óbvio é que os mais jovens não têm a mínima noção nesse processo. Porque ainda não viveram o suficiente para poderem observar tais mudanças na vida e no mundo. E é assim que se dá o choque de geração. Onde só um lado entende o processo, mas o outro, não. Mas, infelizmente, esse é o processo natural de nossa existência.
     Talvez seja por isso que as religiões se manifestem na condição de garantirem que um humano vivendo de modo equilibrado e controlado, ao morrer irá para o céu. Ou para o paraíso. Onde terá uma vida feliz e serena. E eterna. Mas como, até hoje, ninguém veio de lá para dizer como são as coisas naqueles lugares, o jeito é ir vivendo da melhor maneira que se puder. E escapando das armadilhas que o cotidiano se nos apresenta diuturnamente.
     É a vida.

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